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A concessão irá incorporar trechos atualmente administrados pela ViaOeste, cuja concessão termina em março de 2025, além de segmentos sob a responsabilidade do DER (Foto: Divulgação/Governo de SP)

Região Sudeste

SP autoriza abertura de licitação para concessão da Raposo Tavares

Atualizado em: 12 de julho de 2024 às 17:48
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São esperados investimentos de R$ 7,1 bi para melhorar fluxo na rodovia

O Governo de São Paulo publicou nesta sexta-feira (12), no Diário Oficial, o decreto que autoriza a abertura de licitação para a concessão rodoviária do Lote Nova Raposo. O projeto vai trazer cerca de R$ 7,1 bilhões em investimentos para melhorar o fluxo de veículos na via e trazer mais segurança. Ao todo, moradores de 10 cidades da Região Metropolitana serão beneficiados. Entre os principais focos da concessão está resolver gargalos – principalmente no trecho urbano da Raposo Tavares.

A intenção é revitalizar 90 quilômetros da rodovia, sendo as principais intervenções a construção de marginais contínuas e a quarta faixa da capital até Cotia. Além disso, a região de Embu das Artes ganhará uma “alça externa” no trecho oeste do Rodoanel, aliviando o tráfego na região.

A previsão é que o edital de concessão seja publicado pelo governo estadual ainda neste mês. O contrato será válido por 30 anos.

“A maior contribuição é a criação das vias marginais, pleito da população que reside entre São Paulo e Cotia. Estamos fazendo isso de maneira inteligente, criando uma espécie de avenida lateral na Raposo, justamente para separar o tráfego urbano”, afirma o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.

Os investimentos serão em melhorias como duplicações, faixas adicionais, túneis, viadutos, implantação e requalificação de marginais, passarelas e dispositivos em desnível, entre outros. Também são previstos serviços de guincho, socorro mecânico, atendimento pré-hospitalar e instalação de centros de atendimento, além de implantação de wi-fi, iluminação e painéis de mensagens.

Capital-Cotia

O trecho da Raposo Tavares entre a capital e Cotia é um dos mais movimentados da rodovia por absorver também o fluxo urbano. Para melhorar o tráfego e dar mais segurança para quem acessa Cotia e bairros do entorno, como o Butantã e Alto de Pinheiros, serão instaladas vias marginais e quarta faixa.

Atualmente, o local conta com diversos acessos próximos entre eles, o que aumenta as chances de acidentes. Com a instalação das marginais, os acessos passarão a ser feitos fora da via expressa.

“Na marginal, a velocidade será reduzida para diminuir o número de acidentes. Com isso, conseguimos manter a velocidade da via expressa da Raposo para chegar de Cotia a São Paulo. Não é uma questão só de fluidez, é de segurança”, afirma Benini.

Além disso, os pontos de ônibus, que hoje ficam na rodovia, serão deslocados para essa “via urbana”, o que também vai diminuir a possibilidade de acidentes. O projeto prevê passarelas, pontos de ônibus e nova iluminação.

O trecho entre Cotia e São Paulo contará com vias marginais onde não será realizada a cobrança tarifária, desonerando a população que faz o trajeto urbano diariamente. Serão 48 quilômetros de marginais contínuas. A cobrança, portanto, vai incidir somente aos motoristas que circularem pelas vias expressas.

O modelo de pedágio será o de pórticos do sistema free flow – cobrança automática sem praças físicas. A iniciativa permite cobranças proporcionais aos trechos utilizados, possibilitando distribuição mais igualitária dos custos e promoção da justiça tarifária. Além disso, o projeto também contará com desconto progressivo para usuários frequentes (DUF).

A tarifa ocorrerá somente após a conclusão das obras, prevista para o 8º ano após a assinatura do contrato. “O benefício para a população vai chegar antes da cobrança do pedágio”, afirma o secretário Rafael Benini. Os valores variam entre R$ 0,54 a R$ 4,84.

Nos trechos que já são concedidos, haverá redução média de 20% na tarifa quilométrica, devido à revisão do contrato atual.

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