O documento é válido por dois anos e prevê a criação de estratégias de estruturação de projetos do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), e a ideia é focar no apoio às pequenas e médias empresas, além de projetos que envolvam energias sustentáveis, como a eólica e a solar. Foto: Divulgação
Região Nordeste
Sudene fecha acordo com BNDES para apoiar projetos sustentáveis
Ideia é focar em pequenas e médias empresas e exportação de energias renováveis
A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) fechou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O documento é válido por dois anos e prevê a criação de estratégias de estruturação de projetos do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), e a ideia é focar no apoio às pequenas e médias empresas, além de projetos que envolvam energias sustentáveis, como a eólica e a solar.
O acordo também prevê o intercâmbio de informações sobre o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), compartilhamento de estudos e aperfeiçoamento da aplicação de recursos da Sudene voltados ao setor de pesquisa, desenvolvimento e inovação, além de ações estratégicas de desenvolvimento territorial que prevejam impactos positivos em todas as instâncias (prefeituras, ongs, etc).
“Um dos grandes desafios dos governos é integrar políticas sem gerar sobreposição de iniciativas e desperdício de recursos. O BNDES tem esse olhar de integração para a região, assim como nós. Neste sentido, queremos analisar quais oportunidades dentro do nosso plano regional e da agenda de sustentabilidade o BNDES pode nos ajudar a viabilizar”, comentou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.
A Sudene e o BNDES passam a trabalhar, nas próximas semanas, na formatação do plano de trabalho para estruturar as ações previstas no documento.
“O debate regional tem sido incorporado em nossa atuação. Construir uma agenda conjunta com a Sudene nos induz a darmos mais velocidade a este debate”, explicou a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
Transição energética
O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, ressaltou, ainda, a importância de repensar o impacto social dos projetos de geração de energia solar e eólica.
“A pauta da transição energética demanda muito investimento porque são projetos grandes que necessitam de muitos recursos. Temos uma preocupação com a empregabilidade gerada nestas plantas após as obras, que é muito baixa. E isso acaba não mudando a vida das pessoas ao redor. Como a gente incorpora o pequeno nisso e o impacto destes projetos nas comunidades locais? Este tem sido um debate constante para a Sudene”, explicou o gestor.
Segundo ele, o Nordeste não pode ficar apenas como região exportadora de energia. O tema deve ser utilizado como estratégia de atração de investimentos e desenvolvimento social e tecnológico.