As principais causas incluíram alagamentos e transbordamentos, seguida por queda de árvores/rochas e deslizamentos/quedas de barreiras. Divulgação/Prefeitura de São Sebastião
Mudanças climáticas
Região Sudeste concentra maioria das interdições causadas por fenômenos climáticos
As principais causas incluíram alagamentos, transbordamentos e queda de árvores
A região Sudeste concentrou a maioria das interdições em rodovias causadas por fenômenos climáticos entre outubro de 2023 e abril de 2024, segundo balanço divulgado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), na última quarta-feira (10).
Durante o período avaliado, foram registradas 276 interdições em rodovias de todo o país, com 49,63% delas sendo totais e 50,37% parciais. Em média, as interdições tiveram duração de 27 horas, ou seja, mais de um dia.
A região Sudeste foi a mais atingida, com Duque de Caxias (RJ) liderando com 31 casos, seguido por Campos dos Goytacazes (RJ) com 13 registros e Petrópolis (RJ) com oito. O relatório também destacou ocorrências em São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Minas Gerais, com a maioria das vias sendo monitoradas pelas Concessionárias Concer, Via Sul, RioSP e Autopista Fluminense.
As principais causas incluíram alagamentos e transbordamentos, responsáveis por 111 ocorrências (40,22%); queda de árvores, rochas e objetos, com 95 registros (34,42%); deslizamentos e quedas de barreiras, totalizando 34 episódios (12,32%); erosão, com 6 casos (2,17%); e outras situações, representando 14 incidentes (5,07%).
Os meses de novembro e janeiro se destacaram com o maior número de interdições por dia, registrando entre 9 e 16 ocorrências.
A ANTT explicou que o objetivo do relatório é alinhar estratégias com as concessionárias que operam nas redes federais, fortalecendo o monitoramento contínuo das vias. Essa abordagem, de acordo com a Agência, permite a identificação e tratamento proativo de áreas críticas, especialmente, em época de chuvas intensas.
Para o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, é extremamente importante acompanhar a execução das medidas propostas e avaliar a necessidade de ajustes. “Nossa missão consiste em planejar ações, estabelecer responsabilidades claras para todas as partes envolvidas e assegurar que nossas equipes de fiscalização estejam prontas para atuar em estreita colaboração com as autoridades competentes em casos de incidentes”, afirmou.
Ferrovias
No mesmo período, as interdições em ferrovias brasileiras também foram avaliadas. No total, foram 53 interdições, das quais 100% delas foram finalizadas, mas com duração média de 291 horas, ou seja, 12 dias de impactos operacionais.
A erosão foi a principal causa, representando 96,23% dos casos, ou seja, 51 ocorrências, seguida por alagamentos e chuvas, com 1,89% dos episódios (1 registro), além de outras causas.
Só no dia 22 de novembro foram 33 interdições, um recorde de eventos para o modal.
As operadoras ferroviárias mais mencionadas e com maior incidência de interdições foram a RMS e a EFVM.