O Terminal Portuário de Macaé tem investimento previsto de mais de R$ 8,9 milhões, com obras previstas para este ano (Crédito: Divulgação)
Região Sudeste
Sudeste é a região com maior número de TUPs autorizados em 2022
Dos 11 novos Terminais de Uso Privado consentidos pelo Governo Federal, quatro serão instalados na região
A região Sudeste do Brasil vai ganhar quatro novos Terminais de Uso Privado (TUPs) nos próximos anos. Dos 11 novos TUPs autorizados pelo Governo Federal em 2022, quatro serão instalados no Sudeste; três na região Norte; dois na região Sul e dois na região Nordeste.
Em relação a valores, juntos, os 11 terminais possuem uma carteira de investimento de R$ 22,6 bilhões, o que representa um crescimento de mais 1000% se comparado ao valor obtido em 2021, de R$ 1,9 bilhão, mesmo tendo mais contratos assinados – um total de 17. Os dados são da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP).
“O que surpreendeu em 2022 foi o grande valor de investimento previsto, porque tem projetos grandes e que estavam até represados. O ano passado foi muito feliz para a autorização de TUPs”, disse Murillo Barbosa, presidente da ATP.
Ele analisou também a predominância de TUPs nas regiões Sudeste e Norte e explicou que não tem um modelo que defina essa distribuição, mas fatores como tempo de tramitação na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) podem refletir neste cenário.
“Depois, dentro da Secretaria de Portos, para assinatura, é do interesse do empreendedor dar entrada no processo naquele momento. Então, por acaso, a proporcionalidade está mantida, mas não segue uma regra rígida”, ressaltou.
No recorte da região Nordeste, onde há poucos TUPs, Murillo atrela o fato à característica da região, onde predominam os portos públicos. “Há uma concentração de portos que, de certa maneira, cobriram a necessidade da região, o que talvez justifique ter poucos TUPs nela”, avaliou.
Já quando se analisam os prazos para o início das obras de implantação das novas estruturas, o Nordeste sai na frente com o Terminal Portuário Tabulog, que já começou os trabalhos de implantação do ativo, na praia de Pitimbu, na Paraíba.
Segundo o relatório da ATP, o empreendimento é dividido em três fases, com a conclusão das obras prevista para 2030, num investimento de mais de R$ 870 milhões. O TUP possui autorização para movimentar, armazenar, e distribuir combustíveis.
Em seguida surge o Ceará, com o TUP da Nelog, que será instalado no Porto do Pecém, com obras previstas para serem iniciadas no mês que vem e conclusão para 2030, num investimento de mais de R$ 2,35 milhões. A unidade movimentará granel sólido, carga geral e conteinerizada.
O presidente da ATP também vê forte potencial para que os projetos do Tepor, em Macaé, e o Santorini, em Santos (SP), saiam do papel.
O Terminal Portuário de Macaé tem investimento previsto de mais de R$ 8,9 milhões. Atualmente se encontra na fase final de legalização do empreendimento e já concluiu todas as etapas de licenciamento ambiental.
O terminal movimentará granel líquido, carga geral e conteinerizada e as obras devem começar ainda neste ano. Sua estrutura suportará operações de logística e armazenagem para as empresas que atuam nas etapas de exploração e produção de petróleo e gás nas bacias de Campos e de Santos.
Outro projeto autorizado é o do TUP EBT – Santorini, da Ageo (Empresa Brasileira de Terminais e Armazéns Gerais), empresa que já opera granéis líquidos no Porto de Santos. Devem ser aplicados R$ 3,65 milhões na construção de um terminal retroportuário, também na cidade paulista, voltado para a movimentação e/ou armazenagem de granel sólido, granel líquido e carga geral.
Já o Porto Guará tem projeto para a região do Embocuí, em Paranaguá (PR), envolvendo um TUP que movimentará grãos, líquidos e contêineres.
No Norte, o destaque é o projeto do TUP Malato, no Pará, e o Terminal Portuário das Lajes, em Manaus.