Tarcísio promete sirenes de alerta sonoro para o litoral norte paulista

Governador diz que sistema atual de envio de mensagens por SMS sobre chuvas não foi efetivo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), prometeu novas maneiras de emitir alertas para áreas de risco localizadas no Litoral Norte paulista, entre elas a instalação de sirenes. Para ele, o sistema atual de avisos para tempestades da Defesa Civil estadual – que envia mensagens por SMS – não foi efetivo. As afirmações foram ditas em coletiva de imprensa realizada ontem (23).

Freitas mencionou que o órgão emitiu 14 alertas, conforme a tempestade aumentava, para 34 mil telefones cadastrados no sistema, o que representa cerca de 10% da população da região, que conta com 288 mil habitantes. Porém, as mensagens não citavam deslizamentos nem indicavam a dimensão dos riscos. Também foi verificado que muitas regiões ficaram sem internet já na noite de sábado (18), inviabilizando o serviço.

“A gente viu que isso, eventualmente, não tem maior efetividade. Aqui para o litoral mais de 30 mil pessoas receberam o SMS de alerta, então a gente precisa ter uma maneira mais efetiva”, ressaltou o governador.

Por isso, Tarcísio prometeu que irá trabalhar para viabilizar a instalação de sirenes em áreas de risco, de modo que o sinal sonoro oriente os moradores a saírem dos locais com iminência de desastres naturais.

“A ideia é que a gente utilize um sistema de broadcast (método de transferência de mensagem simultânea). Vamos ver como isso pode ser operacionalizado. Além disso, vamos instalar os sistemas de sirenes, que já existem em alguns estados”, afirmou.

Freitas mencionou ainda a necessidade de oferecer treinamentos aos moradores da região para que eles saibam como agir e aonde ir quando as sirenes tocarem.

Tragédia 

Cidades do litoral norte paulista sofreram com a forte chuva que caiu na região durante o final de semana de carnaval.

Foram 686 milímetros de água em São Sebastião em 24 horas, volume considerado o maior da história do país de acordo com os registros do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Até o momento foram confirmadas 49 mortes, sendo 48 em São Sebastião e uma em Ubatuba.