Atualmente, o Tecon Salvador é líder no Norte e Nordeste em operações de importação e exportação e se destacou dentre os 10 terminais mais produtivos BrasilCrédito: Divulgação/Wilson Sons
Região Nordeste
Tecon Salvador anuncia conclusão de obra de expansão no cais
Novo cais terá 800 metros, permitindo receber simultaneamente dois navios New Panamax, os maiores que navegam pela costa brasileira atualmente
O Grupo Wilson Sons, que opera o Terminal de Contêineres (Tecon Salvador), no Porto de Salvador, reuniu a imprensa no último dia 19 para anunciar a conclusão, em julho próximo, da obra de expansão do cais.
Trata-se da duplicação dos berços dos cais Santa Dulce dos Pobres e Água de Meninos, que agora, juntos, somam 800 metros de comprimento, o que permite ao Tecon Salvador ser um dos poucos terminais do Brasil aptos a operar os maiores navios porta-contêineres que navegam pela costa brasileira atualmente, chamados de New Panamax com cerca de 366 metros de extensão e considerados tendência mundial.
Nesta fase da obra, os investimentos injetados entre 2018 a 2020 foram de R$ 443 milhões. Além da duplicação, foi feita a pavimentação de 30.800 m² de retroárea adicionais e a ampliação do calado no berço para 16 m de profundidade.
Desde o início da concessão, em 2020, o equipamento do Grupo Wilson Sons já recebeu R$ 1 bilhão em investimentos.
Após as últimas intervenções, a capacidade de receber carga em pátio saiu de 430 mil TEU (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) para 553 mil por ano. A previsão é de ampliar essa capacidade para 925 mil TEU até 2034, quando se completa o quarto ciclo de investimentos e sua terceira expansão. Até 2050, o grupo pretende investir mais R$ 715 milhões.
Atualmente, o Tecon Salvador é líder no Norte e Nordeste em operações de importação e exportação e se destacou dentre os 10 terminais mais produtivos Brasil, de acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
O diretor-executivo do Tecon-Salvador, Demir Lourenço Júnior, disse que a duplicação da capacidade do terminal irá impactar em redução de frete e maior oferta de escalas, o que é visto pelo setor como um atrativo para a atração de novas operações.
Lourenço destacou também a importância de o complexo portuário ter uma infraestrutura que “muito em breve será fundamental em qualquer porto do Brasil”.
A concessão ainda prevê, futuramente, o aterramento da região onde foi construída a nova área de atracação, o que deve acrescer ao porto 80 mil metros quadrados de área para o armazenamento e movimentação de cargas.
Equipamentos
Parte dos recursos investidos foram utilizados também na compra de equipamentos de última geração tecnológica, semelhantes aos operados nos maiores portos do mundo, como Rotterdam e Los Angeles, afirma a empresa.
Entre eles, estão três super portêineres com lança de 66 metros e capacidade de içamento a 51 metros, viabilizando erguer até 80 toneladas por vez.