Durante o evento, Costa Filho apresentou o portfólio de concessões do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), além de abordar a situação atual dos setores aeroportuário e portuário, com destaque para o crescimento econômico do país.
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“Temos R$ 1,3 tri de investimentos privados anunciados”, diz ministro
Silvio Costa Filho apresentou o portfólio de concessões do MPor em um dos principais eventos do setor de infraestrutura do país
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, participou na quinta-feira (31) da abertura do Brazil GRI Infra & Energy 2024, um dos principais eventos do setor de infraestrutura do país. Na sua 10ª edição, o encontro em São Paulo reuniu líderes das áreas de energia, transportes, saneamento, mobilidade e infraestrutura para debater o desenvolvimento e o financiamento de projetos que impulsionem o crescimento econômico do Brasil.
Durante o evento, Costa Filho apresentou o portfólio de concessões do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), além de abordar a situação atual dos setores aeroportuário e portuário, com destaque para o crescimento econômico do país. “Hoje, temos R$ 1,3 trilhão de investimentos privados anunciados no Brasil. Só no setor portuário, nós já temos quase R$ 40 bilhões de investimentos anunciados e contratados. No setor automotivo, R$ 120 bilhões, na construção civil, mais de R$ 40 bilhões. Estamos vendo um volume de investimentos consideráveis no Brasil e isso significa dizer que nós temos tudo para fazer essa economia crescer”, afirmou.
Em 2024, o país atraiu US$ 28,5 bilhões em investimentos estrangeiros diretos, com aumento de 23,6% nos investimentos produtivos em comparação ao mesmo período do ano anterior, refletindo os esforços do governo brasileiro em promover reformas estruturais, como a tributária e a de responsabilidade fiscal, para atrair investidores.
Na área de infraestrutura, a recente Lei 14.801/24 trouxe avanços na emissão de debêntures incentivadas e criou uma nova categoria, as debêntures de infraestrutura, permitindo a captação de recursos tanto para projetos em construção quanto para os já finalizados.
No setor portuário, Costa Filho detalhou o plano de concessões para 2024-2026, com previsão de aproximadamente R$ 20 bilhões em investimentos, além de mencionar o Fundo da Marinha Mercante como fonte de financiamento para o setor. “Todo recurso do Fundo está preservado no Brasil. Com uma portaria assinada pelo Governo, podemos investir R$ 7 bilhões, dos R$ 10 bilhões, na navegação e 30% no setor portuário, com as melhores taxas do mercado”.
O ministro também anunciou planos ambiciosos para leilões portuários nos próximos anos. “Nos próximos dois anos, vamos promover o maior volume de leilões da história portuária brasileira. Serão quase 45 leilões ao longo desse período. A gente tem procurado simplificar, desburocratizar, fazer investimentos públicos e privados. E, naturalmente, dialogando com a sustentabilidade e com a descarbonização. Nós estamos muito confiantes, este ano a gente espera um crescimento em mais de 6% no setor portuário brasileiro e eu quero cada vez mais poder dialogar com o setor produtivo”, destacou.
Costa Filho mencionou ainda a relevância do setor portuário na economia do país. “É um setor que gera mais de 400 mil empregos e que dialoga com a globalização internacional”. Ele aproveitou para citar os anúncios de dois grandes acordos que movimentaram o setor no último mês. Primeiro, a compra por parte da francesa CMA CGM de 48% das ações da Santos Brasil por R$ 6,3 bilhões. E mais recentemente, a aquisição do controle da Wilson Sons pela MSC por R$ 4,35 bilhões.
Hidrovias
No que diz respeito ao setor hidroviário, Costa Filho falou sobre o projeto piloto da Hidrovia Rio Madeira, essencial para o escoamento da produção agrícola de Rondônia, Nordeste e Mato Grosso, e o leilão programado para o primeiro semestre de 2025. Ele mencionou ainda seis projetos estratégicos em análise, como os das hidrovias do Tapajós, Barra Norte, Rio Tocantins, Paraguai e Lagoa Mirim. “Temos cinco concessões hidroviárias no Brasil para que possamos sair de 12.000 km navegáveis para buscar 40.000 km. Isso vai ajudar na mobilidade urbana, como vocês sabem a cada 25 barcaças, nós estamos tirando mais de 500 caminhões da estrada, além de reduzir 40% o custo da produção”.
Silvio Costa Filho mencionou a relevância do setor portuário na economia do país. “É um setor que gera mais de 400 mil empregos e que dialoga com a globalização internacional”. Foto: Eduardo Oliveira/MPor