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No dia 13 de abril a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão no navio Stolt Sisto, responsável pelo transporte e bombeamento do produto químico que vazouCrédito: Divulgação/PF

Região Sul

Terminal elimina produto químico que vazou durante operação em Paranaguá

Atualizado em: 22 de abril de 2023 às 11:28
Cássio Lyra Enviar e-mail para o Autor

Famílias que tiveram de deixar suas casas por risco de contaminação foram autorizadas a retornar

A empresa Terin, responsável pelo terminal onde ocorreu um vazamento de nafta durante uma operação de descarga no Porto de Paranaguá, no último dia 9 de abril, informou que após trabalhos técnicos desde o último final de semana não há mais a presença do produto químico nas tubulações. Além disso, as seis famílias que tiveram de deixar suas casas por risco de contaminação foram autorizadas a retornar. O vazamento segue sendo investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Ibama.

Em auxílio junto ao 8º Grupamento de Bombeiros, que monitora a área desde o dia do registro do vazamento, ocorrido na Avenida Coronel Santa Rita, técnicos do Terminal Terin iniciaram no último domingo (16) o procedimento técnico para eliminar todos os pontos de escape de combustível ainda presentes.

Na ocasião, os técnicos realizaram o procedimento denominado pigagem, uma operação de limpeza em que são instalados dispositivos, como uma espécie de espuma, que são bombeados através da tubulação sob pressão.

O Corpo de Bombeiros informou durante a semana que foram encontrados, ao todo, oito pontos de ruptura da tubulação, sendo que seis desses pontos foram localizados no final de semana passado. Segundo informou a corporação, os novos buracos identificados possuem cerca de cinco centímetros de diâmetro. Ainda segundo os bombeiros, alguns dos novos pontos já haviam sido vedados com a utilização de braçadeiras.

Durante todo o trabalho de limpeza e fiscalização, foram feitas análises a cada duas horas nos bueiros e galerias do terminal para aferir os limites de explosividade.

Incidente

O vazamento de nafta ocorreu durante uma operação de descarga do navio Stolt Sisto. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros local, o incidente ocorreu devido a um rompimento de um duto subterrâneo que liga o navio ao terminal Terin.

Segundo as autoridades, o produto químico acabou se espalhando rapidamente pela via pública e também pelas galerias pluviais. Segundo os bombeiros, foi identificada uma atmosfera explosiva na região.

As atividades portuárias no Terminal Terin foram suspensas desde os primeiros registros do vazamento. A operação de navios no Píer Público de Granéis Líquidos voltou a estar liberada dois dias depois, 11 de abril, após ter sido paralisada na segunda-feira (10), ainda por reflexo do vazamento.

Investigação

No dia 13 de abril, a Polícia Federal (PF) deu início à Operação Águas Carijó, que investiga o vazamento de nafta ocorrido no terminal da Terin.

Foi cumprido um mandado de busca e apreensão no navio responsável pelo transporte e bombeamento do produto químico que vazou em grande quantidade. A Polícia Federal afirmou que coletou documentos e informações que ajudarão a reconstituir e compreender o evento. Com isso, juntamente com outros dados dentro da investigação, busca-se saber se ocorreu algum tipo de ação criminosa ou negligência que tenha sido responsável pelo incidente.

A 23ª Vara Federal de Curitiba autorizou a atuação da PF para que a corporação tenha acesso a todos os tipos de documentações e informações relacionados ao incidente.

A Justiça Federal atendeu ao pedido do Ministério Público Federal (MPF) após a negativa de representantes do navio Stolt Sisto de entregarem documentações sobre a embarcação e a operação no terminal da Terin.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que também faz parte da Operação Águas Carijó, informou que a Terin comunicou o acidente ambiental via Sistema Nacional de Emergências Ambientais (Siema) imediatamente após o ocorrido, conforme condicionante ambiental 1.4 da Licença de Operação (LO) nº 1217/2014.

Segundo o Ibama, em 30 dias a empresa deverá reportar ao órgão licenciador do Estado as medidas adotadas, visto que o licenciamento da concessão foi estadual.

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