O terminal é importante para a eficiência do agro, pois viabiliza o escoamento dos grãos produzidos no Maranhão, Tocantins e Pará pela Ferrovia Norte-Sul até o Porto de São Luís (Foto: Divulgação)
Região Nordeste
Terminal intermodal no Maranhão registra recorde de movimentação
Volume de cargas no ciclo 2023/24 é o maior dos últimos 18 meses na unidade administrada pela Agrex do Brasil
O terminal intermodal de Porto Franco, no Maranhão, movimentou 512 mil toneladas no ciclo 2023/2024, o que significa um recorde no volume movimentado desde o início de suas operações, em 2022. O terminal é administrado pela Agrex do Brasil e tem concessão para operação no local até 2037.
A empresa é uma subsidiária da Mitsubishi Corporation no setor de agronegócios.
A Agrex do Brasil teve a concessão para continuar a administração do local até 2037. O gerente nacional de Infralog da empresa, Edson Dantas, afirmou que o resultado também foi alcançado graças à conquista das certificações ISO 9001 e 14001, obtidas no mês de outubro, após rigorosa auditoria de qualidade.
“A conquista do mais alto nível em qualidade, saúde, segurança e sustentabilidade será fundamental para aumentar a capacidade, além de garantir a eficiência do terminal”, diz ele.
Dantas explica que o terminal intermodal de Porto Franco é de extrema importância para a eficiência do agronegócio brasileiro, pois viabiliza o escoamento dos grãos produzidos no Maranhão, Tocantins e Pará pela Ferrovia Norte-Sul até o Porto de São Luís, gerando competitividade e agilidade.
“O local desempenha papel estratégico de conectividade ao receber caminhões das regiões produtoras, descarregar e armazenar temporariamente, além de carregar os vagões, promovendo uma integração eficiente entre os modais rodoviário e ferroviário”, destaca o gerente.
Ele acrescenta ainda que, atualmente, a matriz logística da Agrex do Brasil é composta por 60% de transporte ferroviário e 40% rodoviário, o que contribui significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Planejamento
Em períodos de alta demanda em Porto Franco, como o registrado no ciclo 2023/24, o gestor de infraestrutura logística pontua que a operação da Agrex do Brasil se destaca pela sua abordagem de planejamento, ao utilizar o S&OP – sigla em inglês para Planejamento de Vendas e Operações, que se refere a um processo integrado que alinha demanda, suprimento e custos na gestão de um negócio.
Ele conta que o S&OP é realizado em colaboração com as áreas de Logística, Originação (que é, de maneira simplificada, o processo de compra e aquisição dos grãos junto ao produtor) & Trading (comercialização das commodities) e Operacional (Armazéns), o que otimiza fluxos, capacidades, oportunidades e gestão de riscos.
“Temos aumentado a estrutura do terminal para suportar o crescimento nos próximos 10 anos e já temos aprovada sua ampliação, que mais que dobrará a capacidade estática atual, além da certificação das ISO 9001 e 14001, que nos apoiará a atingir e manter altos níveis de qualidade, saúde, segurança e meio ambiente. As melhorias que vêm sendo implementadas em estrutura, qualificação da equipe e alinhamento com as unidades de negócios da companhia são fundamentais para este avanço,” avalia Dantas.
Concessão
O gerente também afirmou que foi renovada a concessão do terminal ferroviário de Porto Franco – pertencente à Valec Engenharia, Construções e Ferrovias SA.
Denominada de Lote 4, a área é destinada à armazenagem e movimentação de graneis sólidos agrícolas e tem 37 mil m². A concessão tem o propósito de manter o pátio como um pólo de carga de destaque na operação de transbordo ferroviário, contribuindo para reduzir o custo logístico na exportação dos grãos de parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil.
“O sucesso da Agrex do Brasil no terminal de Porto Franco reforça seu compromisso com a excelência operacional e com o desenvolvimento sustentável da logística de grãos na região, além de fortalecer sua posição no mercado, o que impulsiona a competitividade do agronegócio brasileiro”, finaliza o gerente.