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O plano da Transnordestina de se conectar ao Pecém foi exposto no painel “Ampliação da malha terrestre como fator de desenvolvimento econômico da região Nordeste”. Foto: Divulgação/Grupo Brasil Export

Nordeste Export

Transnordestina planeja expansão ao Porto do Pecém até 2027

Atualizado em: 22 de junho de 2024 às 21:45
Yousefe Sipp Enviar e-mail para o Autor

Ideia é de que até 2027 o empreendimento esteja com novos acessos logísticos integrados ao complexo cearense

O diretor de operações da Transnordestina S.A., Alex Trevizan, quer viabilizar o contrato das obras de infraestrutura da ferrovia para que até o segundo semestre de 2027 o empreendimento esteja com novos acessos logísticos integrados ao Porto do Pecém, no Ceará.

A declaração foi dada na sexta-feira (21), durante o último painel do Nordeste Export, fórum regional que debate as principais oportunidades e entraves do setor de logística e infraestrutura. A expansão da cobertura ferroviária da Transnordestina para o porto está vinculada à execução do lote 6 do empreendimento, entre os municípios de Quixeramobim e Quixadá, no estado, que integram o acesso terrestre a aproximadamente 200 quilômetros de Pecém.

“Temos essa preocupação porque você faz uma ferrovia de alta capacidade como a Transnordestina, com nível mundial, muitos cortes, aterros, excelentes raios de curva e precisa ter uma boa chegada portuária. Isso é o que queremos dizer com a interação entre os modais”, afirmou Alex Trevizan.

Trevizan explicou que já está tentando renovar com órgãos do governo parte da malha FTL que conecta o Porto de Pecém, especialmente com outros estados do nordeste, como o Piauí e o Maranhão. A intenção é expandir a cobertura para aumentar os mercados e a variedade de produtos escoados pelo Ceará.

“Estamos confiantes em conseguir essa renovação. Para o grupo, entendemos que com as duas malhas teremos um amplo poder de capacitação de carga”, declarou Trevizan.

Para o vice-presidente de operações do Complexo do Pecém, Fábio Grandchamp, com a integração do lote 6 da Transnordestina, o porto tem a capacidade de dobrar o volume que movimenta atualmente.

“Nossa área de influência em Pecém é muito limitada a uma distância relativamente pequena. Não conseguimos trazer competitividade devido ao acesso que temos”, apontou Grandchamp.

Ele destacou que o empreendimento portuário é um hub que conecta diferentes modais, sobretudo o transporte marítimo com o ferroviário, rodoviário e hidrovias. Ele enfatizou a importância de que as áreas de acesso logístico estejam adequadas para estimular a competitividade do Brasil no comércio exterior.

“Se você tem um porto com acesso apenas rodoviário, ele tem uma área de influência limitada. Quando você conecta o porto com a ferrovia, essa área se expande completamente, e aí é o ápice da logística. O mundo vira o limite para o empreendedor e o produtor”, completou.

Também participaram do painel “Ampliação da malha terrestre como fator de desenvolvimento econômico da região Nordeste” Lucas Asfor, diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e Ricardo Molitzas, presidente do Instituto Brasileiro de Logística (IBL). A moderação do debate foi realizada por Leopoldo Figueiredo, diretor-geral da Rede BE News.

 

 

 

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