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A região Hidrográfica Amazônica transportou 20,27 milhões de toneladas entre julho e setembro de 2023, aumento de 5,6% em comparação ao mesmo período do ano anteriorCrédito: Divulgação/Antaq

Nacional

Transporte de cargas por vias interiores bate recorde histórico no último trimestre

11 de novembro de 2023 às 11:07
Marília Sena Enviar e-mail para o Autor

Foram 33,79 milhões de toneladas movimentadas de julho a setembro, alta de 6,1% em relação ao mesmo período de 2022

O Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) publicado na última semana apontou que o transporte de cargas por via interiores do Brasil foi de 33.79 milhões de toneladas no terceiro trimestre deste ano, um recorde para o período.

O número representa um aumento de 6.1% em comparação com o terceiro trimestre (período compreendido de julho a setembro) de 2022. Os transportes de soja, contêineres e minério de ferro são os responsáveis pelo avanço.

De acordo com a Antaq, 4,1 milhões de toneladas da commodity agrícola foram transportadas, isso representa uma variação positiva de 79,3% em comparação ao mesmo período de 2022.

O transporte de contêineres aumentou 13,23% em comparação ao ano anterior. O número representa 2,6 milhões de toneladas pelas vias interiores.

O minério de ferro transportado foi de 1,7 milhão de toneladas, o que representa um aumento  de 45,4% em comparação de julho a setembro de 2022.

Todos os meses do trimestre apresentaram crescimento, mas agosto foi o destaque responsável por 12 milhões de toneladas transportadas, um crescimento de 9,26% em comparação ao mesmo período do ano passado.

A região Hidrográfica Amazônica transportou 20,27 milhões de toneladas entre julho e setembro de 2023 e foi o destaque do trimestre, representando uma variação positiva de 5,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Já a região hidrográfica do Paraguai foi o principal destaque percentual ao longo deste período com crescimento de 71,4%.

A seca que atinge a região teve efeito pontual na navegação de alguns rios. No terceiro trimestre, a navegação interior pelo Rio Negro apresentou redução de 18,3% em comparação com o terceiro trimestre de 2022. Os efeitos surtiram na circulação de óleo bruto, derivados de petróleo, e contêineres. As rotas mais afetadas foram as de Manaus-Porto Velho e Manaus-Itacoatiara.

O diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, defendeu a consolidação das hidrovias com a existência de serviços sistemáticos de dragagem, balizamento e sinalização, para atenuar os efeitos do clima.

“Contamos com uma natureza pródiga, que nos presenteou com abundância de rios navegáveis, contudo, como pudemos observar nos últimos anos, essas regiões navegáveis são suscetíveis aos impactos das mudanças climáticas. Por sua vez, uma hidrovia propriamente instalada, tem em seu planejamento a execução de serviços de infraestrutura que proporcionam previsibilidade para a navegação. O nosso PGO Hidroviário, aprovado em outubro pelo Ministério de Portos e Aeroportos, apresenta projetos prioritários para a elaboração de estudos de viabilidade que embasarão futuras concessões”, afirmou.

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