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Além da remoção dos detritos da ponte Juscelino Kubitschek, técnicos já estão trabalhando na elaboração dos projetos de engenharia da nova ponte e na sondagem do solo. Foto: Divulgação/Dnit
Região Norte
Travessia garantida: balsas reforçam ligação entre TO e MA
Dnit contrata cinco balsas e seis rebocadores para manter transporte após queda da ponte JK
Com a finalidade de ampliar a capacidade e garantir uma operação contínua e segura de pedestres e veículos na travessia pelo Rio Tocantins, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) publicou no Diário Oficial da União de terça-feira (11) a contratação das balsas.
O novo contrato, assinado na sexta-feira (7), prevê a operação de cinco balsas e seis rebocadores por um ano. O serviço de transporte hidroviário será gratuito para todos os usuários, garantindo o deslocamento da população de forma acessível e eficiente.
Em até 15 dias a partir da assinatura do contrato, está prevista a entrada em operação da primeira balsa para pedestres e veículos leves. O serviço funcionará de forma ininterrupta, todos os dias da semana, 24 horas por dia.
Com isso, o Dnit restabelecerá temporariamente a trafegabilidade da BR-226/TO/MA até a conclusão da nova ponte que substituirá a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Esse contrato amplia a quantidade de embarcações para a travessia interestadual, prevendo três balsas e quatro rebocadores para o transporte de caminhões de carga, além de duas balsas e dois rebocadores para veículos menores e passageiros. O valor total da contratação é de aproximadamente R$ 39,9 milhões.
Enquanto a travessia por balsas é estruturada, as equipes do Dnit e do consórcio contratado seguem com a remoção dos detritos remanescentes da antiga ponte. Cerca de 50% das 14 mil toneladas de concreto e ferro resultantes da implosão da estrutura, realizada em 2 de fevereiro, já foram retiradas. O material removido está sendo reaproveitado nos acessos provisórios para facilitar o transporte de equipamentos e insumos necessários para a reconstrução.
Segundo o Dnit, os detritos da implosão são materiais inertes, que não sofrem transformações físicas, químicas ou biológicas ao entrar em contato com a água e o solo, não representando riscos ambientais. Após a conclusão da nova ponte, todo o material será destinado a um local de descarte licenciado.
Engenharia
Além da remoção dos detritos, os técnicos já estão trabalhando na elaboração dos projetos de engenharia da nova ponte e na sondagem do solo. Em breve, terão início os serviços de fundação da travessia, que terá 630 metros de extensão e um vão livre de 150 metros. A nova estrutura, denominada Ponte de Estreito, será maior e mais larga que a anterior, contando com 19 metros de largura, duas faixas de rolamento de 3,60 metros cada, dois acostamentos de 3 metros cada, duas barreiras de proteção tipo New Jersey de 40 centímetros cada, dois passeios de 2,3 metros cada e guarda-corpo nas extremidades.
O Dnit também informa que intensificou o monitoramento da qualidade da água do Rio Tocantins. Todas as análises realizadas até o momento pelos órgãos envolvidos no atendimento à emergência indicam que não há alterações detectadas na qualidade da água.
Como parte desse esforço, a autarquia elaborou e apresentou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) um Plano de Ação de Emergência, contendo diversas medidas para minimizar os impactos ambientais do colapso da ponte e garantir a segurança da população.
Nos próximos dias, terá início o contrato de supervisão ambiental da reconstrução da ponte. Segundo o Dnit, esse acompanhamento será realizado ao longo do ano, assegurando que todas as medidas ambientais sejam rigorosamente cumpridas e que os impactos das obras sejam minimizados.