A Polícia Civil de Alagoas esteve no navio para conduzir a vítima e o suspeito até a Delegacia de Defesa da Mulher/Divulgação Polícia Civil de Alagoas
Cruzeiros
Tripulante que saiu de Santos é detido após suspeita de estupro
Vítima, também tripulante, afirma ter sido dopada pelo homem
Um tripulante do cruzeiro MSC Seashore foi detido na última terça-feira (14), no Porto de Maceió (AL), após ser acusado de estuprar uma colega de trabalho.
A Polícia Civil de Alagoas esteve no navio para conduzir a vítima e o suspeito até a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde ela registrou a denúncia e ambos foram ouvidos.
Segundo informações da delegada Ana Luiza Nogueira, que atua na DDM, a vítima, de 22 anos, contou que foi dopada pelo colega durante uma festa que acontecia na embarcação e quando acordou, estava com o homem deitado ao seu lado na cama. A cena configura o crime como estupro de vulnerável.
O suspeito, de 25 anos, negou o crime e alegou que a relação foi consensual. Ele não foi preso porque não cabia mais flagrante, mas foi autuado pelo crime de estupro e proibido de embarcar de volta no navio devido ao pedido de medida protetiva de urgência feito pela vítima e protocolado pela Polícia Civil.
A jovem também afirmou aos agentes que não se lembra de detalhes, mas que após alguns dias procurou seus superiores para contar o que tinha acontecido. Em seguida, a Polícia foi acionada para agir na próxima escala do navio, que aconteceu na capital alagoana.
Os dois tripulantes se conheceram enquanto trabalhavam juntos no navio. O cruzeiro saiu do Porto de Santos (SP), com escalas em Ilha Grande e Búzios, no Rio de Janeiro, Maceió e Salvador (destino final).
Em nota, a assessoria da MSC Cruzeiros informou que assim que a companhia teve conhecimento da situação, foram tomadas “imediatamente” todas as medidas cabíveis sobre o caso, bem como oferecido o suporte necessário à tripulante.
Afirmou ainda que segue cooperando com as autoridades responsáveis pela condução do caso e que, até o momento, não há informações adicionais que possam ser compartilhadas sobre a investigação que está em andamento.
“Condenamos veemente qualquer tipo de abuso e temos uma política de tolerância zero com comportamentos contrários aos valores da empresa”, destacou em comunicado.