sábado, 23 de novembro de 2024
Dolar Com.
Euro Com.
Libra Com.
Yuan Com.

No Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás, a perda de umidade dos grãos ainda foi lenta e, por isso, a colheita deve avançar com mais rapidez nesta semana. (crédito: Jaelson Lucas/AEN)

Agronegócio

VLI inicia escoamento do milho da 2ª safra em 2022

Atualizado em: 29 de junho de 2022 às 18:17
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Os vagões carregados estão saindo de Tocantins em direção ao Terminal Portuário de São Luís, localizado no Porto do Itaqui

A operadora logística VLI começou a transportar suas primeiras cargas de milho da segunda safra deste ano. Os vagões carregados estão saindo do Terminal Integrador de Palmeirante (TIPA), no Tocantins, por meio da ferrovia Norte-Sul, no Arco Norte, e seguem viagem até o Terminal Portuário de São Luís (TPSL), localizado no Porto do Itaqui, no Maranhão. De lá, o cereal é exportado para a Ásia e Europa. 

O início do escoamento da produção de milho do Brasil por via férrea ajuda o setor a lidar com uma grande safra do cereal, que passa por desafios logísticos e de armazenagem. 

Além disso, favorece o desenvolvimento da nova fronteira agrícola brasileira, ao oferecer possibilidades de captação e escoamento para as produções agrícolas da região de Matopiba, formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, responsável por 10% de toda a produção de grãos e fibras do país. 

Em relação à safrinha do milho, a VLI afirmou em nota na última quinta-feira (23) que utiliza três corredores logísticos para dar vazão ao fluxo do produto. Além do Tramo-Norte da ferrovia Norte-Sul (FNS), a companhia é administradora dos corredores Centro-Sudeste e Centro-Leste da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).

Centro-Sul e Norte-Nordeste

A segunda safra de milho do Centro-Sul do Brasil em 2021/22, que está sendo colhida, foi estimada em um recorde de 80,3 milhões de toneladas pela consultoria de mercado AgRural. Seus especialistas reduziram a previsão em 600 mil toneladas na comparação com a estimativa divulgada em maio para a principal região produtora do País. O motivo foi a estiagem que atingiu os campos de plantio, explicaram os técnicos. 

Em contrapartida, a AgRural aumentou a projeção para colheita total do país, considerando números mais elevados para o Norte e Nordeste levantados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A produção total de milho no Brasil em 2021/22 agora está estimada em 113,8 milhões de toneladas, também uma máxima histórica, ante as 112,3 milhões da estimativa anterior, quando a previsão para a colheita do Norte e Nordeste era menor.

Segundo a empresa de consultoria, o tempo mais quente e seco da semana passada deu mais fôlego à colheita da safrinha de milho 2022, especialmente em Mato Grosso.

Já no Centro-Sul, o levantamento da companhia indicou que 20,3% da área cultivada na segunda safra estava colhida até a última quinta-feira (23), contra 11,4% uma semana atrás e 5,3% no mesmo período do ano passado.

No Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás, a perda de umidade dos grãos ainda foi lenta e, por isso, a colheita seguiu tímida. Sem chuva, os produtores preferiram esperar a umidade baixar para avançar com a colheita e evitar perdas. A expectativa é de que os trabalhos avancem com mais rapidez nesta semana. 

Compartilhe:
TAGS