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O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ressaltou que o programa não implicará custos para a União, e que vai funcionar de acordo com a oferta do livre mercado. Foto: Eduardo Oliveira/MPor)

Nacional

Voa Brasil é lançado com passagens a R$ 200 para aposentados

Atualizado em: 25 de julho de 2024 às 1:53
Yousefe Sipp Enviar e-mail para o Autor

Na primeira fase foram disponibilizados 3 milhões de bilhetes aéreos para 23 milhões de beneficiários

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, lançou na quarta-feira, dia 23, o programa Voa Brasil para aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Na primeira fase foram disponibilizados 3 milhões de bilhetes aéreos de até R$ 200 para 23 milhões de beneficiários.

Os interessados poderão adquirir até duas passagens por ano. A oferta será definida pelas companhias aéreas, que disponibilizam assentos ociosos em diferentes rotas, conforme a data e o destino. Os bilhetes serão reservados para aposentados, que devem não ter viajado de avião nos últimos 12 meses.

Os aposentados que recebem o teto do INSS (R$ 7.786,02) também têm direito ao programa. O Governo tentou limitar o benefício para quem recebe até dois salários mínimos, mas o grupo já corresponde a 85% dos beneficiários do programa. O acesso para comprar as passagens a R$ 200 é por meio do site https://voabrasil.sistema.gov.br/login.

Silvio Costa Filho ressaltou que o programa não implicará custos para a União, e que vai funcionar de acordo com a oferta do livre mercado. “Foi um trabalho de convencimento com as companhias aéreas para oferecer um número extra de passagens. Quanto mais gente viajando, mais a ociosidade diminui e o crescimento da aviação aumenta”, afirmou Costa Filho.

O Voa Brasil tem o objetivo de atrair um novo público para as três empresas aéreas que atuam no Brasil (Latam, Azul e Gol), especialmente aqueles que não têm acesso ao transporte aéreo. O secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, destacou a relevância do projeto, classificando-o como a maior iniciativa de inclusão social na aviação brasileira. “Talvez seja a primeira vez que um aposentado entre em um aeroporto ou em uma aeronave”, disse.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou o potencial do programa para promover o turismo nos mais de 5.500 municípios brasileiros. “É uma população que tem mais tempo e pode viajar em outras épocas do ano. O programa é um ganha-ganha, porque as pessoas querem viajar, mas não tem dinheiro. E as empresas precisam reduzir a ociosidade”.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, mencionou que o aplicativo para celular da instituição será transformado em um marketplace, oferecendo, além das passagens, opções de hotéis, alimentação e serviços de transporte.

O CEO da Azul, John Rodgerson, expressou entusiasmo com o programa, frisando a necessidade de incluir mais clientes no setor aéreo. “Estamos animados para esse programa que vai incluir mais pessoas, explorando as oportunidades que existem no Brasil”.

Próximas fases

De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, a segunda fase do programa Voa Brasil será voltada para estudantes dos programas Universidade para Todos (ProUni) e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O ministro Sílvio Costa Filho informou que está em negociações para incluir outras modalidades de ensino. O lançamento dessa etapa está previsto para o primeiro semestre de 2025.

Para o ministro Silvio Costa Filho, caso as passagens acabem antes de um ano, será conversado com as empresas aéreas mais bilhetes para o programa. De acordo com o titular da pasta, as empresas aéreas vão disponibilizar mais bilhetes.

“As aéreas vão disponibilizar mais passagens para a gente ter esse programa crescendo no Brasil. É um diálogo permanente […] Tem garantia [da disponibilidade de mais passagens]. Estamos seguros”, explicou o ministro.

O Voa Brasil vem sendo discutido pelo Governo desde o ano passado. O programa foi anunciado em março de 2023 pelo então ministro da pasta Márcio França, mas a divulgação não foi bem recebida pelo Palácio do Planalto e chegou a gerar crise entre França e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O programa foi apresentado desidratado da sua proposta inicial. O ministério de Portos e Aeroportos projetava a proposta para estudantes de baixa renda, aposentados e funcionários públicos, os bancos públicos Caixa Econômica e Banco do Brasil também seriam financiadores do projeto, mas as medidas ainda não foram concretizadas.

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