Durante entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro Silvio Costa Filho falou sobre a criação de um fundo de crédito para as empresas aéreas por meio do BNDES (Foto: Reprodução)
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Voa Brasil: ministro nega oferta de passagens a R$ 200
Segundo Silvio Costa Filho, programa foi redesenhado e deverá entrar em vigor no fim deste mês
O programa Voa Brasil deve ser lançado no final deste mês de março. A informação foi dada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, na segunda-feira, 18, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. De acordo com o titular da pasta, a proposta está sendo redesenhada pelo Governo, pois não será possível oferecer passagens aéreas a R$ 200, como anunciou seu antecessor Márcio França.
“Naquele momento, da forma que foi passada por setores da imprensa, setores da sociedade brasileira, por conta das redes sociais, o povo brasileiro achou que a passagem seria R$ 200. Seria insano a gente desenhar um programa dessa natureza”, disse o ministro.
De acordo com Sílvio Costa Filho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já aprovou o novo modelo que inicialmente vai atender 21 milhões de aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e 700 mil alunos beneficiários do Programa Universidade para Todos (Prouni).
Segundo o ministro, as companhias aéreas vão disponibilizar 5 milhões de passagens para atender o programa e o período em que os usuários vão poder usufruir dos bilhetes de menor custo é na baixa temporada. “Esse é um programa para estimular também no Brasil a baixa temporada, sobretudo o turismo regional”, ressaltou.
O ministro também foi questionado sobre a criação de um fundo de crédito para as empresas aéreas. Segundo ele, existe a previsão de uma conversa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, para alinhar uma agenda de crédito para a aviação através do banco.
“Nós queremos, ao longo deste mês de março, apresentar ao Brasil uma linha de crédito para que as companhias aéreas possam pegar recursos e fazer investimentos. Investimentos em novas aeronaves, em requalificação de motores, em requalificação de equipamentos, preparar a mão de obra para a aviação brasileira […] Há uma unidade para que a gente possa criar um fundo permanente das companhias aéreas no Brasil, para que esse setor possa se fortalecer cada vez mais no país”, informou o ministro.
Costa Filho também defendeu a entrada de novas empresas aéreas no Brasil. Ele está construindo uma agenda internacional para tentar alavancar o mercado no país. “Tenho dialogado com o setor produtivo nacional e vou iniciar uma agenda internacional, e o presidente Lula tem ajudado nessa direção, para a gente poder trazer novas companhias aéreas ao Brasil. Defendo a entrada de novas companhias aéreas no país para que a gente possa aumentar a competitividade, que é muito saudável”.