ZPE de Cáceres deve iniciar operações em janeiro de 2025

Segundo governo do estado de Cuiabá, expectativa é que a Floresteca, voltada à exportação de madeira, inaugure atividades

Nove meses após a liberação para atividades alfandegárias, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres, localizada a 220 km de Cuiabá, entra na reta final para receber suas primeiras empresas. Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, a expectativa é que o local inicie operações em janeiro de 2025 com a Floresteca, voltada à exportação de madeira de manejo sustentável.

A ZPE de Cáceres, a terceira alfandegada no Brasil, ocupa uma área de 240 hectares dividida em cinco módulos destinados às empresas, além de uma estrutura administrativa. Desde sua retomada em 2020 pelo governador Mauro Mendes (União Brasil), a obra consumiu R$ 16 milhões em investimentos das secretarias estaduais de Infraestrutura e Desenvolvimento Econômico.

As empresas que se instalarem no local terão acesso a incentivos tributários, cambiais e administrativos específicos para fomentar as exportações. Além da Floresteca, já há negociações com indústrias de agroindústria e maquinários.

Segundo o secretário, essa é uma grande oportunidade para diversificar a pauta exportadora e agregar valor às cadeias produtivas do estado.

Expansão das ZPEs no Brasil

Com a inauguração da ZPE de Uberaba (MG), o Brasil dobrou, em 2024, o número de ZPEs em operação, passando de duas para quatro: Pecém (CE), Parnaíba (PI), Cáceres (MT) e agora Uberaba. A expansão fortalece a balança comercial, fomenta a cultura exportadora e reduz desigualdades regionais, destaca o governo.

“Esse ano foi um marco para o modelo, com a entrada em operação de Cáceres e Uberaba. O avanço reflete o crescente interesse dos investidores, impulsionado por flexibilizações regulatórias e segurança jurídica”, afirmou Fábio Pucci, secretário executivo do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE).

Crescimento

Reuniões trimestrais do CZPE, órgão responsável pela aprovação de projetos industriais, viabilizaram nove novos empreendimentos, totalizando R$ 26 bilhões em investimentos previstos e potencial para gerar R$ 15 bilhões em exportações anuais e 1.000 empregos diretos.

As indústrias instaladas nas ZPEs contam com isenções fiscais que abrangem IPI, Pis-Cofins, Imposto de Importação e AFRMM, desde que seus produtos sejam destinados à exportação, ambiente que estimula o comércio exterior.