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O início das atividades da ZPE Ceará foi em agosto de 2013. Em 2016, foi exportada a primeira placa de aço produzida na siderúrgica instalada no Setor I da ZPE cearense. Naquele ano, o município de São Gonçalo do Amarante – onde a empresa está localizada – tornou-se o maior exportador do Ceará. Foto: Divulgação/ZPE Ceará

Região Nordeste

ZPE do Ceará completa 11 anos e comemora crescimento na movimentação

Atualizado em: 3 de setembro de 2024 às 15:55
Júnior Batista Enviar e-mail para o Autor

Primeiro semestre registrou aumento de 7,9% nas operações da área alfandegada 

A Zona de Processamento e Exportação (ZPE) do Ceará completou 11 anos no último dia 30 e comemorou com o registro do aumento das movimentações no primeiro semestre deste ano. Foram operadas mais de 6,14 milhões de toneladas – incremento de 7,9% comparado ao mesmo período de 2023. Em relação aos últimos 11 anos, as operações movimentaram quase 90 milhões de toneladas.

Entre as principais cargas movimentadas na poligonal da ZPE, o minério de ferro ocupa o primeiro lugar, com 2,79 milhões de toneladas, crescimento de cerca de 20,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em seguida estão as placas de aço, que apresentaram um aumento de 7,5%, totalizando 1,68 toneladas movimentadas. Também apresentou crescimento o carvão mineral, com 1,53 milhão de toneladas, alta de 42%.

Para o presidente da ZPE Ceará, Fábio Feijó, o resultado positivo mostra que o espaço está no caminho certo para o “desenvolvimento e crescimento continuado”. Ele afirma que, normalmente, um grande investimento industrial se instala em uma região que possui matéria-prima para sua produção ou próximo ao seu mercado consumidor. Segundo ele, o Ceará conseguiu atrair uma siderúrgica mesmo sem ter reservas expressivas de minério de ferro, carvão mineral e mercado consumidor.

“Obtivemos sucesso na atração deste investimento e permanecemos alcançando resultados significantes porque temos uma ZPE integrada a um porto. Acredito que o futuro dessa política pública de ZPEs é ainda mais promissor com o projeto do hub de hidrogênio verde, que chegará para mudar novamente a história do nosso Estado”, afirma.

Histórico

O início das atividades da ZPE Ceará foi em agosto de 2013. Em 2016, foi exportada a primeira placa de aço produzida na siderúrgica instalada no Setor I da ZPE cearense. Naquele ano, o município de São Gonçalo do Amarante – onde a empresa está localizada – tornou-se o maior exportador do Ceará.

Até hoje, os produtos siderúrgicos seguem sendo as principais cargas movimentadas pelo Estado.

Para o secretário-executivo do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), Fábio Pucci, a ZPE Ceará foi uma divisora de águas na história da política pública de Zonas de Processamento de Exportação no Brasil.

Segundo ele, mesmo 11 anos depois, a ZPE Ceará ainda é a principal referência do país. “A ZPE tem entregado resultados consistentes para os principais pilares dessa política: orientação exportadora, promoção da difusão tecnológica e externalidades positivas para o desenvolvimento industrial, econômico e social da região e do país. Congratulo a ZPE Ceará pelos seus 11 anos. Juntos trabalharemos para resultados ainda maiores”, diz.

O presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo, ressalta a importância do equipamento para o desenvolvimento econômico do Estado e para a implementação do hub de hidrogênio verde no Pecém. Para ele, além da proximidade com o porto, as vantagens que as empresas encontram para se instalarem na ZPE são o grande diferencial do Complexo do Pecém para atrairmos tantos investimentos para o Ceará, especialmente na instalação do Hub.

“Temos o propósito de transformar gerações e a ZPE é parte fundamental nesse processo, principalmente agora, com maturidade”, diz.

Setor II

Com o Setor II pronto para receber novos investimentos, especialmente os de hidrogênio verde, a ZPE cearense assume um papel significativo no processo de transição energética do Brasil.

Hoje são seis pré-contratos assinados para instalação de unidades fabris de H2V em área de ZPE, com as empresas AES Brasil, Casa dos Ventos, Cactus Energia, Fortescue, FRV e Voltalia. Somente esses pré-contratos somam mais de US$ 8 bilhões em investimentos até 2030, com mais de 500 hectares já reservados.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Salmito Filho, ressalta que a ZPE Ceará é um exemplo de como planejamento e políticas de Estado podem induzir e impulsionar o desenvolvimento econômico, gerando oportunidades de negócios e empregos.

Ele afirma que um exemplo de entrega à economia cearense é a instalação da siderúrgica no Complexo do Pecém, realizada graças à política pública da ZPE, que, sozinha, dobrou o PIB industrial do Ceará à época.

“Estamos determinados a avançar com a ZPE Ceará, transformando nossas vantagens comparativas em vantagens competitivas globais”, conclui.

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