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Cerca de 60% do volume movimentado em Natal são de frutas frescas. Também há operações de açúcar, trigo e cargas de projeto (Crédito: Divulgação/Codern)

Região Nordeste

Codern completa 53 anos e projeta atração de novas cargas para o Porto de Natal

Atualizado em: 4 de fevereiro de 2023 às 8:51
Bruno Merlin Enviar e-mail para o Autor

Autoridade Portuária prevê novos negócios com o trunfo da localização privilegiada em relação aos mercados da Europa e da costa leste dos Estados Unidos

A Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) completou 53 anos de fundação na sexta-feira, 3 de fevereiro, e encara desafios bastante diversos para os portos que administra. Para o porto da capital potiguar, a direção da Autoridade Portuária projeta novos negócios com o trunfo da localização privilegiada em relação aos mercados da Europa e da costa leste dos Estados Unidos.

Já a previsão de crescimento das operações no Porto de Maceió (AL) tem como base os futuros arrendamentos dos terminais MAC11 e MAC12, ambos destinados à movimentação e armazenagem de granéis líquidos, cujos acórdãos foram protocolados no Tribunal de Contas da União (TCU) no ano passado. A Codern passou recentemente com êxito pelo processo de arrendamento do Terminal Salineiro de Areia Branca, em leilão vencido pela Intermarítima Portos e Logística S/A, cujo contrato foi assinado em agosto de 2022 e prevê R$ 164 milhões em investimentos, incluindo recuperação do pátio de estocagem e aquisição de equipamentos.

Com o intuito de modernizar a companhia criada em 1970, a atual gestão concentrou esforços na implantação de indicadores de gestão e na eficiência da administração dos recursos humanos. Dessa forma, alcançou o melhor nível do indicador de governança IG-SEST e recebeu premiações pelo desempenho da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e do TCU. De acordo com o diretor-presidente da Codern, Carlos Eduardo da Costa Almeida, foi também desenvolvido um trabalho de otimização do organograma da empresa após a concessão do terminal salineiro.

“A concretização do arrendamento tem sua importância pelos investimentos que o equipamento vai receber nos próximos cinco anos, recuperando a infraestrutura e ampliando a movimentação de sal pela iniciativa privada, que também vai aumentar a geração de empregos e aquecer a economia do estado”.

No início deste ano, Carlos Eduardo anunciou a obtenção da Licença de Operação do Porto de Natal, concedida pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). Segundo ele, a segurança proporcionada pelo licenciamento deve auxiliar na atração de novos clientes.

“Cada porto tem sua vocação e suas peculiaridades. No caso do Porto de Natal, é o mais próximo da Europa e dos Estados Unidos. Isso representa menos tempo de viagem e um custo menor aos clientes. Tem um enorme potencial de implemento de novas cargas, além das frutas e trigo que são dominantes no momento”. Em 2022, o porto potiguar registrou a movimentação de 658.434 toneladas, um aumento de 6,63% na movimentação de cargas em relação ao ano anterior.  

Cerca de 60% do volume movimentado em Natal são de frutas frescas. Também há operações de açúcar, trigo e cargas de projeto. Uma importante oportunidade de expansão para o Porto é a incorporação da região do Maruim. O trâmite do processo junto à Secretaria de Patrimônio da União (SPU) quando finalizado poderá adicionar até 6 mil metros quadrados à instalação portuária.

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