A transição energética também foi assunto no encontro de Lula com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (à esquerda), e o novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (Crédito: Divulgação)
Nacional
Com novo conselho, governo se prepara para mexer na política de preços de combustíveis
Durante reunião, o presidente Lula, o presidente da Petrobras e o ministro de Minas e Energia definiram os nomes do colegiado da estatal para iniciar as mudanças
O Governo Federal começa a dar os primeiros passos para mudar a política de preços de combustíveis da Petrobras e impulsionar o crescimento da estatal. Defendida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, a oferta de valores mais competitivos aos consumidores e às empresas brasileiras está mais perto de se concretizar.
Isso porque na última segunda-feira (13), Lula, Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniram no Palácio do Planalto, em Brasília, para definir os nomes que vão compor o conselho de administração da estatal.
Com maioria no conselho, o governo Lula deve iniciar as mudanças na política de preços, alinhada desde o governo Michel Temer ao preço de paridade de importação (PPI).
Para o presidente da Petrobras, a política de combustíveis é assunto do governo e o Brasil deve tirar vantagem da autossuficiência na exploração do petróleo para oferecer valores mais competitivos.
Outra alteração que o governo tem como meta em uma das empresas mais estratégicas do Brasil é a política de distribuição de dividendos para aumentar os investimentos na companhia.
Novo conselho
Acionista majoritário da Petrobras, o Governo Federal quer indicar nove dos 11 nomes do conselho. Além disso, existe a pretensão de aumentar o número de cadeiras do governo, reduzidas na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A lista de indicados ainda precisa passar pela Casa Civil da Presidência da República e só depois será divulgada. Entre os nomes discutidos nos últimos dias, estão os do economista Eduardo Moreira, da professora da UFRJ Suzana Khan e do presidente da Fiesp, Josué Gomes. Os indicados também precisam ser aprovados na assembleia geral de acionistas para serem empossados.
Transição energética
A transição energética também foi tema na pauta do encontro, que aconteceu na segunda-feira. Defensor de investimentos nessa área, Prates já declarou que a estatal precisa atender às necessidades do Brasil, do planeta e da sociedade, e que é crucial olhar para o futuro e investir nessa transição, que envolve o desenvolvimento sustentável, as mudanças climáticas, as inovações tecnológicas, a digitalização, o uso eficiente dos recursos energéticos e as fontes de baixo carbono.