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Vista aérea do Porto de Rio Grande

Região Sul

Portos do Rio Grande do Sul têm novo modelo de gestão

Atualizado em: 2 de maio de 2022 às 17:05
Leopoldo Figueiredo Enviar e-mail para o Autor

Governo do Estado cria empresa pública para garantir gestão mais dinâmica aos complexos de Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas

A partir de hoje, os portos do Rio Grande do Sul deixam de ser administrados por uma autarquia estadual, a Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg), e passam a ser coordenados por uma empresa pública controlada pelo estado, a  Portos RS – Autoridade Portuária dos Portos do Rio Grande do Sul. A mudança, segundo o Governo do Estado, visa garantir maiores dinamismo e profissionalismo na gestão dos complexos marítimos gaúchos.

Nesta segunda-feira, haverá a posse da diretoria da Portos RS, que será presidida pelo administrador e professor universitário Cristiano Klinger (até então, era o diretor de Gestão, administrativo e financeiro da Suprg). Também integram a diretoria o consultor João Alberto Gonçalves Júnior (diretor de Gestão, Administrativa e Financeira), Natan Colombi Martins (Operações), o engenheiro Lucas Meurer Cardoso (Infraestrutura) e  Henrique Horn Ilha (Meio Ambiente; era o diretor de Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança da Suprg). Entre os dirigentes da Portos RS, apenas Klinger e Ilha integravam o comando da Superintendência  do Porto do Rio Grande. 

O processo de criação da empresa pública foi concluído na semana passada, quando a Junta Comercial do Rio Grande do Sul liberou o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da companhia. Com isso, foi possível transferir a administração dos portos de Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas da Suprg para a Portos RS.

Com esses três complexos, a nova empresa coordenará a movimentação de cerca de 50 milhões de toneladas de cargas por ano, além de supervisionar uma infraestrutura que permite a vinda dos maiores navios que percorrem a costa brasileira – cargueiros com um calado (profundidade atingida pela parte submersa da embarcação) máximo de 15 metros. A companhia, que não será dependente financeiramente do Estado, ainda cuidará das hidrovias e das vias lacustres navegáveis do estado, que somam 754 quilômetros de extensão. 

Em nota divulgada na tarde de ontem, o Governo do Rio Grande do Sul confirmou o início oficial das atividades da Portos RS hoje e destacou que essa alteração da natureza jurídica “trará mais dinamismo e possibilitará a realização de investimentos na infraestrutura do sistema portuário, assegurando ainda mais competitividade aos portos gaúchos”.

Organização

O Governo do Estado é o único acionista da Portos RS. E, portanto, é ele quem elege os integrantes do conselho de administração da nova empresa – colegiado que indicará os membros da diretoria. 

Haverá nove conselheiros. Cinco deles são escolhidos pelo Estado:   o auditor fiscal Bruno Jatene, o engenheiro Thierry José da Silva Rios, o próprio Cristiano Klinger (que irá presidir a companhia), a advogada Jacqueline Wendpap e o engenheiro Eduardo Teixeira Neto. Ainda há um representante da União, o secretário nacional de Portos, Diogo Piloni, um representante dos trabalhadores (não divulgado) e um dos empresários, o economista José Fernando Marchiori, além de um membro escolhido pelas prefeituras das cidades portuárias, o administrador Leonardo Vanzin.  A posse dos conselheiros ainda não foi agendada.00

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