Para o diretor-executivo da ABTRA, Angelino Caputo, o PCS vai dar um outro patamar tecnológico para o porto de uma forma integrada, e não individual (Crédito: Reprodução/ZR News)
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Caputo defende comunidade tecnológica no setor portuário
Às vésperas do 1º Encontro de Soluções para o Setor Logístico/Portuário, presidente do Conselho do Brasil Tech Export falou sobre o assunto no ZR News
A implantação de tecnologia de última ponta nos portos brasileiros, com uma atenção especial ao software Port Community System (PCS) foi um dos principais temas debatidos no programa ZR News, dentro do quadro do Santos Export, veiculado todas as quintas-feiras na rádio Santa Cecília FM (107,7). O 1º Encontro de Soluções Tecnológicas para o Setor Logístico/Portuário, marcado para o próximo dia 27 de fevereiro (segunda-feira), também esteve em pauta.
Angelino Caputo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA) e presidente do Conselho do Brasil Tech Export, analisou que todas as empresas e terminais portuários atuam com sua própria tecnologia que, em todos os casos, são de primeira linha. Entretanto, ele considera importante uma integração entre os atores envolvidos, formando uma comunidade tecnológica atualizada.
“O setor está totalmente interessado. Tanto que nosso maior desafio está sendo o Port Community System (PCS), projeto que já foi mapeado por dois anos até com ajuda da emabaixada inglesa. É um sistema que permite agilizar o funcionamento sistêmico dos portos. Ou seja, ele faz a integração, a troca de comunicações entre Autoridade Portuária, despachante aduaneiro, caminhoneiros, enfim. Imaginem isso tudo fluindo dentro de uma grande comunidade tecnológica. É um projeto que está nas nossas mãos de fazer funcionar, fica dependendo de bolar um modelo de governança, de saber quem paga, quem decide a questão de conflitos. É o projeto do momento que estamos apostando que vai dar um outro patamar tecnológico para o porto de uma forma integrada, e não individual”.
O advogado, consultor portuário e presidente do Conselho do Sudeste Export, Marcelo Sammarco, também participou do programa e levantou a abordagem tecnológica voltada para o Porto de Santos.
“Quando se fala em inovação, é inevitável aproximar o tema da tecnologia à realidade do Porto de Santos. Santos tem vocação natural para se tornar um polo de inovação. Evolução e modernização passam pela implantação de novas tecnologias”, analisou.
Outro convidado foi o professor doutor Rafael Pedrosa, coordenador do MBA em Gestão Portuária e Operações Internacionais e da Pós-graduação em Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro da Universidade Santa Cecília (Unisanta). Além disso, ele é gestor do Observatório Portuário, que oferece serviços e integração entre a universidade e empresas do setor, que também tem o viés tecnológico entre seus estudos.
“O Observatório é um trabalho de consolidação de dados de informações que alcançam diferentes vieses, entre eles o tecnológico. São feitas análises de portos, com foco principal do Porto de Santos, estabelecendo parâmetros sobre o uso de tecnologia e os impactos desses empregos de tecnologias em diferentes regiões do Brasil”, disse.
Encontro de soluções tecnológicas
A partir de normativos decretados pela Receita Federal, que estabelecem novas regras para procedimentos de alfandegamento, o 1º Encontro de Soluções Tecnológicas para o Setor Logístico/Portuário colocará frente a frente fornecedores e clientes dessa área. O evento, criado pelo Comitê Tech do Brasil Export, está marcado para o próximo dia 27, das 9h às 17h30, em São Paulo.
A portaria 143 da Receita foi publicada no Diário Oficial da União em 11 de fevereiro de 2022. Ela substituiu a portaria 3518, de 2011, que definia até então as regras e procedimentos para o alfandegamento.
A atualização tem como principal objetivo o aperfeiçoamento dos controles físicos, a verificação das mercadorias, inclusive de forma remota, e o monitoramento, a adequação e a manutenção dos requisitos técnicos e operacionais aplicáveis ao recinto durante todo o período do alfandegamento.
Essas modernizações exigem que terminais portuários, aeroportuários, portos secos e recintos alfandegados promovam aprimoramento tecnológico em seus sistemas e equipamentos, tais como câmeras, scanners, leitores de OCR, storage.