Paranaguá projeta crescimento futuro com leilão de quatro áreas e concessão de canal

Diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia afirma que sua gestão trabalha agora para atrair investimentos nos próximos anos

Consolidado como destaque no universo portuário brasileiro e peça-chave para a economia paranaense, o Porto de Paranaguá completou 88 anos nesta sexta-feira, 17 de março, com discurso voltado para o futuro. O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, destacou que sua gestão trabalha agora para atrair investimentos nos próximos anos.

Neste sentido, reportagem publicada pelo BE News nesta semana mostrou que o governo estadual deve enviar até o próximo mês ao Tribunal de Contas da União (TCU) os editais para os leilões das instalações portuárias PAR14 e PAR15. As consultas públicas para as concessões foram finalizadas em novembro de 2022 e a expectativa é de finalizar o processo no último trimestre deste ano. Há ainda outras duas áreas: a PAR09, aguardando nova data para leilão, e a PAR03, ainda em fase de estudos.

Ao somar os números das quatro áreas, todas destinadas ao armazenamento e à movimentação de granéis sólidos vegetais e minerais, são 152 mil m². A PAR09 provavelmente será a primeira a ser leiloada. A primeira tentativa aconteceu em fevereiro deste ano, mas foi suspensa por não receber propostas. O plano agora é realizar os ajustes necessários para encontrar interessados e gerar novos postos de trabalho. “Hoje geramos 10 mil empregos diretos em Paranaguá e Antonina e contribuímos fortemente com a arrecadação de impostos nos municípios”, observou Garcia.

Ele também comemora que a Autoridade Portuária seja presença constante nas iniciativas e premiações relacionadas à sustentabilidade e inovação, destacando que Paranaguá foi o único porto do mundo a ser convidado a participar da Conferência do Clima da ONU (COP-27). O pioneirismo também é uma marca da Portos do Paraná, neste momento comprovado pelo inovador projeto de concessão do canal de navegação dos portos de Paranaguá e Antonina.

O escopo da concessão abrangerá as funções de administração portuária, no que tange à gestão das infraestruturas de acesso aquaviário, buscando-se a ampliação, manutenção e exploração do canal de acesso.

Ainda no modal aquaviário, Garcia destaca as obras de derrocagem da Pedra da Palangana e a dragagem, sempre temas delicados e que exigem grande habilidade devido às exigências ambientais ligadas a esses serviços.

Já entre as grandes obras de infraestrutura terrestre, ele destaca o Projeto Cais Leste-Moegão. Em fevereiro deste ano, o governador do Paraná, Ratinho Junior, anunciou as obras da nova moega ferroviária. Com um investimento de R$ 592 milhões, o projeto vai centralizar a descarga dos trens que chegam ao Porto de Paranaguá.