Região Sul
Porto de Paranaguá: Lado Oeste é revitalizado
Terminal de celulose e estrutura de carregamento de granéis por esteiras transportadoras serão instalados na região
O lado oeste do Porto de Paranaguá (PR) está sendo revitalizado, com obras saindo do papel por meio de investimentos públicos e privados. Por muitos anos, esta região do porto ficou esquecida porque as ações e atenções eram voltadas para o lado leste, onde fica o corredor de exportação.
Mas, de acordo com o diretor-presidente da Portos do Paraná (APPA), Luiz Fernando Garcia, desde o início da atual gestão, em 2019, “os olhares estão voltados também para o outro lado”.
Tanto, que há um novo terminal de celulose quase pronto e a nova estrutura de carregamento de granéis por esteiras transportadoras, também. Essa ponta da faixa portuária se desenvolve para atender a demanda do mercado e gerar emprego e renda para a região.
Desta forma, o lado oeste vai ganhando novas estruturas e perdendo outras, que já estavam obsoletas, como o silinho, que foi demolido. A estrutura foi construída em 1973 e ficava em área nobre de mais 2 mil metros quadrados, mas não realizava mais operações desde 2009 porque já não era mais compatível com a produtividade dos equipamentos atuais.
Para a demolição, a Portos do Paraná investiu R$ 3,47 milhões. Com a área liberada, o local ganhou espaço para a ampliação da capacidade operacional do porto.
Houve também o repotenciamento e a ampliação do berço 201. Na sequência, a área foi licitada em leilão e hoje é ocupada pela Klabin. “É uma nova realidade, o porto sendo colocado em sua plena capacidade para atender essa demanda cada vez mais crescente”, declarou o diretor-presidente Luiz Fernando Garcia.
Obras
A nova estrutura de carregamento de granéis por esteiras transportadoras é um investimento privado da empresa Paraná Operações Portuárias (Pasa). Nessa primeira fase do projeto de expansão, que deve ser concluída ainda no primeiro semestre de 2022, a empresa constrói uma nova linha de embarque e pretende instalar um novo shiploader (equipamento utilizado para carregar navios) para movimentar até 2,5 mil toneladas/hora.
A segunda fase, prevista para o próximo ano, planeja a edificação de um novo armazém com capacidade para 60 mil toneladas de açúcar ou de 45 mil toneladas de outros granéis sólidos. No total, serão R$ 117,7 milhões de investimentos que devem aumentar a capacidade do terminal, passando de 3,6 milhões de toneladas/ano, para 6,7 milhões de toneladas/ano.
Crescimento ordenado
O diretor de Planejamento Operacional, Logística e Suprimentos da Klabin, Sandro Ávila, explicou que a empresa está finalizando o terminal de celulose a oeste da faixa portuária, um investimento de mais de R$ 120 milhões. Ele destacou a harmonia com que a transformação vem acontecendo, com três obras ao mesmo tempo.
A nova estrutura de transporte dos granéis da Pasa, por exemplo, passa por dentro do terminal da Klabin. “É um trabalho em harmonia muito grande com a comunidade portuária, principalmente com a Portos do Paraná. A administração sempre nos deu muito apoio na harmonização de todos os entes de coalizão que exploram o porto”, afirmou Sandro.
Ainda segundo Ávila, a rede de apoio se formou, também, entre as equipes de engenharias das obras, inclusive das outras empresas. “Um fato importante é a compatibilização das obras como a nossa empresa parceira, a Pasa, que também está desenvolvendo uma ampliação, e comunga do mesmo espaço”, contou.
Ávila destacou o apoio e a agilidade da autoridade portuária na demolição do silinho, que começou no fim de junho do ano passado. “Era uma obra da qual dependiamos para fazermos esse terminal. Foi um processo que andou muito rápido, com uma capacidade e eficiência muito grande de demolição”.