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O volume de carga em declínio é motivo de preocupação especialmente para a economia do PanamáCrédito: Divulgação

Internacional

Administração do Canal do Panamá está preocupada com queda no volume de operações

Atualizado em: 31 de março de 2023 às 11:11
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Autoridade prevê que apenas 500 milhões de toneladas de mercadorias passem pelo canal em 2022

A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) está preocupada com a redução no volume de operações realizadas pela via de navegação.

Para este ano, a Autoridade prevê que apenas 500 milhões de toneladas de mercadorias passem pelo canal, o que significa 10,3 milhões de toneladas a menos que a previsão do ano anterior.

A instituição acredita que a queda nas operações está ocorrendo devido a uma combinação de tensões geopolíticas e mudanças nas rotas marítimas. A guerra entre Rússia e Ucrânia, preocupações com uma recessão global e redução da atividade comercial na China são fatores citados pelo órgão.

Ricaurte Vasquez, administrador do canal, também diz que o canal está perdendo tráfego de navios que antes transportavam combustível e gás dos Estados Unidos para a Ásia, mas agora vão para a Europa e contornam o canal.

Com isso, a via marítima está perdendo aproximadamente duas escalas diárias de embarcações de gás natural liquefeito. Vasquez acrescentou que o canal tem compensado parcialmente essa perda cobrando preços mais altos.

Nicolas Vukelja, ex-presidente da Câmara Marítima do Panamá, comentou a situação e afirmou que a queda de 4% no volume de cargas em relação aos melhores anos da entidade é “preocupante” para os rendimentos do canal.

O canal do Panamá é considerado um ponto de trânsito crucial para o comércio global e o volume de carga em declínio é motivo de preocupação, especialmente para a economia do Panamá.

De acordo com a ACP, em 2020, a contribuição direta do canal ao país foi de 2,7% do PIB, representando grande fonte de receita para o país.

A obra de engenharia é considerada uma das maiores entre o fim do século XIX e início do século XX. Cerca de 6% do comércio mundial passam por lá, registrando mais de 13 mil navios por ano.

O canal está em 144 rotas marítimas, ligando 160 países e 1,7 mil portos.

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