A expectativa é que até o final de 2023, o TCP passará de 3.572 tomadas para 5.126, com aumento do pátio reefer de 43%Crédito: Divulgação/TCP
Região Sul
TC de Paranaguá bate recorde mensal de movimentação de reefer em fevereiro
Mais de 20,8 mil TEU de carne congelada foram movimentadas no porto paranaense
O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) bateu seu recorde mensal na movimentação de contêineres refrigerados (reefer) em fevereiro deste ano. Ao todo, foram movimentados 20.810 TEU (unidade medida para um contêiner de 20 pés de comprimento) em 28 dias. De acordo com a Autoridade Portuária, o recorde anterior foi registrado no mês de agosto de 2021, com 20.709 TEU.
Os números registrados no mês representam a movimentação de mais de 268 mil toneladas de carne. Dois tipos de proteína lideraram a demanda: frango (76%) e boi (17%). Em comparação aos meses de janeiro e fevereiro de 2022, a carne bovina foi a que apresentou o maior crescimento, de 280%.
O estado brasileiro que mais se destacou na produção de carne bovina para exportação por Paranaguá foi o Mato Grosso.
“A flexibilidade de entrada antecipada das cargas feita pela TCP em 2022 aumentou em 5 vezes a movimentação de carne bovina do Mato Grosso em comparação a 2021. Esta flexibilidade permanece em 2023, favorecendo a demanda. O MT é líder na produção para exportação de proteína de boi pelo Paraná, representando 25% do total”, analisou Giovanni Guidolim, gerente comercial e de atendimento ao cliente do Terminal de Contêineres de Paranaguá.
Paraná foi o estado que mais produziu carne de frango para exportação. Segundo dados do IBGE, de 2021, o estado paranaense foi o que mais abateu as aves no país.
“A gripe aviária registrada em diversos países, menos no Brasil, é um fator que aumentou a demanda mundial por frango do Brasil. No entanto, este aumento de escoamento de carga só foi possível graças aos investimentos em infraestrutura no terminal”, comentou Guidolim.
Investimentos
Segundo o gerente, a expectativa é que até o final de 2023, o TCP passará de 3.572 tomadas para 5.126, com aumento do pátio reefer de 43%, sendo o maior número entre terminais brasileiros.
Os demais investimentos previstos para o terminal são a ampliação do gate (portões de entrada e saída de veículos), construção de uma subestação de energia própria para sustentar a expansão e a aquisição de 11 novos guindastes do tipo RTG (Rubber Tyred Gantry), com entrega até o final de 2023.
O modal ferroviário é outro diferencial logístico do terminal, sendo o único do sul do país com acesso direto à zona alfandegada. A ferrovia é responsável por transportar um em cada cinco contêineres de exportação até a TCP e atende a diversas demandas, entre elas 25% da exportação de carne congelada.