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Estilo BE

Sobre as nossas escolhas

Atualizado em: 15 de abril de 2023 às 12:52
Ivani Cardoso Enviar e-mail para o Autor

Novos olhares para a Infraestrutura

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Natália ainda era menina, mas até hoje lembra o quanto ficou interessada com a chegada do Plano Real e como foi preciso parar de trocar suas moedas naquele momento. Esse impacto talvez tenha sido o nascimento da vocação para a Economia, tema que continuou em seu campo de visão na adolescência até a escolha pela Universidade Estadual de Londrina e posterior graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina. 

Ex-secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura na gestão do ex-ministro Tarcísio de Freitas, foi escolhida no início desse ano como CEO do projeto MoveInfra, focado nas discussões sobre as necessidades de longo prazo do setor. Seis meses antes trocara o setor público para atuar como consultora no Banco Mundial em Washington, mas voltou animada para o Brasil com o novo desafio.

O MoveInfra começou com grandes grupos do setor de infraestrutura – CCR, Ecorodovias, Rumo, Santos Brasil e Ultracargo: “A ideia surgiu a partir do desejo de construir um espaço para pensar infraestrutura com um olhar mais de longo prazo. É uma associação multissetorial, envolvendo o setor de transporte e logística, o que inclui rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, hidrovias e mobilidade urbana”, conta.

Natália nasceu “por acaso” em Monte Azul Paulista, cidade ao lado de Barreto. Os pais residiam em Barretos, mas no dia do parto o médico da mãe estava em Monte Azul, e ela foi levada para lá. “Assim que eu nasci meus pais voltaram para Barretos, onde vivi em até sair para a universidade, minha família mora lá até hoje”, diz.

Após o mestrado veio para Brasília em 2006, quando passou no primeiro concurso público da Agência Nacional de Transportes Terrestres. Ali no final da década de 90 e início dos anos 2000, as agências estavam sendo constituídas: “Comecei a trabalhar com transporte e logística e eu sempre gostei dessa parte da Economia. Na indústria de transporte percebi que era o que movia a economia, foi identificação total”.

Morar em Brasília, é um grande prazer: “Adoro morar aqui, acho uma cidade agradável, temos boa qualidade de vida. Morei por um semestre em Washington e as duas cidades têm concepções muito parecidas, eu brinco que Washington é a Brasília que deu certo. O conceito de cidade planejada, para quem mora no Plano Piloto acaba trazendo a qualidade que não se vê em São Paulo ou no Rio”.

No MoveInfra, o desafio é atuar em duas frentes, no setor público e no privado, com empresas de porte e atividades diferentes. “O bom é que eu continuo no mesmo setor de infraestrutura logística, onde fiz a minha carreira. Temos todos os braços da logística, inclusive a recente inclusão da Hidrovias do Brasil. Nosso objetivo é muito parecido com o que o setor público quer: impactar o desenvolvimento econômico e sustentável do Brasil por meio da infraestrutura, com o olhar mais ágil”.

A entidade aceita novos membros, mas o requerimento de entrada exige que a empresa deve ter capital aberto na B3 e ser integrante do Novo Mercado ou do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). “Um dos objetivos é que o grupo tenha credibilidade para fazer as discussões de longo prazo. Apesar da pauta multissetorial, o que nos une é o grau de governança, o tipo de impacto e o nível de credibilidade”, explica.

Para ela, as mudanças com o novo Governo não vão interferir na questão das privatizações de forma radical: “Temos no Brasil uma tradição de mais de 30 anos de concessão ou privatização, somos um dos países com mais parcerias público privadas no mundo. No resto do mundo falamos em PPP – Parceria Público Privado – e ali cabe tudo, desde uma privatização total até uma parceria patrocinada, como chamamos aqui. Com essa tradição, somos um dos países com mais parcerias público privadas no mundo, o problema é a falta de orçamento para isso. A própria população hoje reconhece que os serviços de aeroportos ou rodovias melhoraram depois das concessões, e sabe de quem cobrar”.

Natália ainda é uma das poucas mulheres em cargo de liderança no setor, onde começou com 24 anos, sendo que aos 26 era gerente da área de regulação da ANTT, mas percebe que o panorama vem mudando. “Claro que o ambiente ainda é bastante masculino, mas as mulheres vêm avançando. Temos, por exemplo,  Flávia Takafashi na Antaq, a Natália Rezende na Secretaria de Infraestrutura em SP, a própria Ministra Miriam Belchior, como secretária-executiva da Casa Civil, que foi uma das primeiras mulheres na infraestrutura”.

Uma boa novidade para as mulheres, ela divulga na Estilo BE: “Estamos fazendo um memorando de Entendimentos que vamos publicar com o Infra Women Brazil (IWB), um grupo sem fins lucrativos dedicado à promoção e incentivo da presença de mulheres no setor de infraestrutura. Queremos mostrar e dar visibilidade à participação das mulheres. Temos um grupo de mentoria para as mulheres mais jovens do setor”.

Outro tema importante é estudar o impacto que a Reforma Tributária terá no setor de infraestrutura: “Achamos importante a simplificação tributária e por isso nos é cara a mudança do imposto para o valor agregado e olhamos com calma para os impactos que a medida pode ter no setor. 

Estamos começando a trabalhar também em um ponto que é a melhoria do marco legal da PPP, que o Governo anunciou”.

Integrante do Conselho Nacional do Brasil Export, elogia o fórum: “É 

superqualificado para o setor de Infraestrutura, vemos todas as lideranças unidas, é um espaço para trocar experiências, fazer o debate e reverberar mais. O Brasil Export dá ao MoveInfra uma vitrine para amplificar e discutir o nosso trabalho”.

Casada, com dois filhos, uma menina de 8 anos e um menino de 5 anos, Natália reconhece que a vida fora do trabalho também é bem agitada. “Eu adoro ser mãe, essa rotina toma muito tempo. Gosto de correr, embora nos últimos tempos não consigo manter o ritmo como gostaria”. Sua dica de Brasília é um passeio pelo Pontão do Lago Sul, um lugar gostoso, bom para caminhar, com vários restaurantes e programação para todas as idades. E segue a vida procurando manter o caminho do meio recomendado pela filosofia budista, buscando foco e resiliência.

Cinema

Viva Spielberg!

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Até o dia 8 de maio 31 longas-metragens de Steven Spielberg serão exibidos no festival em homenagem ao diretor no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro. Em seus mais de 50 anos de carreira, Spielberg ganhou 208 prêmios e entre suas obras estão sucessos como “A Lista de Schindler” e “O Resgate do Soldado Ryan. Nos dias 22 e 23 deste mês, em horários variados, haverá maratona com exibição de quatro filmes da franquia Indiana Jones, além da presença de cosplay do herói. A programação completa pode ser acessada no site do CCBB RJ. Os ingressos estarão disponíveis gratuitamente uma hora antes do evento, na bilheteria do CCBB RJ.

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro/RJ

(21) 3808-2020 e ccbbrio@bb.com.br 

Leitura

Luz no túnel

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Joel Nascimento, um repórter policial barrigudo e decadente de 70 anos, chega à conclusão de que tirar a própria vida é a melhor opção, depois de uma situação inesperada. Uma história memorável o fará escrever novamente e encontrar forças para enfrentar o dia a dia. Essa é a sinopse do livro “Chuva de papel”, o terceiro da escritora Martha Batalha. O romance tragicômico é desenvolvido durante a pandemia. “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, de 2016, e “Nunca houve um castelo”, de 2018, são os livros anteriores da autora.

Solidariedade

Conheça o Banho Solidário SAMPA

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Há três anos funciona em São Paulo uma Organização sem fins lucrativos que faz um belo trabalho com a população de rua em diversas regiões da Cidade. O Banho Solidário Sampa leva banho quente, roupas limpas, alimentação, livros, música e o principal: acolhimento. Atuando com cerca de 70 voluntários, doações e patrocínios, até agora já realizaram 79 ações de banho, envolvendo 2.675, 27 mil peças de roupa e 22 mil refeições distribuídas. No total, cerca de 5 mil pessoas passaram pelo projeto. 

O empresário Paulo Fernandes coordena o grupo e conta como tudo começou: “Legalmente o Banho foi fundado em novembro de 2019 e o trailer que construímos ficou pronto no dia 16 de março de 2020, início da pandemia. Mesmo assim, eu e sete amigos fundadores resolvemos seguir em frente”.

A ideia surgiu em uma conversa entre Paulo e a esposa Claudia, que como ele participa de outros projetos voluntários. “Queríamos fazer alguma coisa diferente, muitas Ongs fornecem alimentação. Veio a ideia de oferecer um banho, fomos atrás de patrocinador e apoiadores. A Lorenzetti é o nosso patrocinador Master. Resolvemos não ter sede fixa para não sofrer pressão da vizinhança e ampliar a ação neste projeto móvel. Já atuamos em 23 regiões até agora, fomos até em Parelheiros, Campo Limpo e Santo Amaro. Neste domingo (16) a ação será embaixo do Viaduto da Avenida Paulista”.

As atividades são realizadas três domingos por mês (programação é divulgada nas redes sociais) e os locais são escolhidos pelo espaço disponível e a garantia de uma população de rua no entorno. Também é necessário ter autorizações da Prefeitura e CET. Hoje, além do trailer, há dez tendas montadas durante a ação, incluindo a loja de roupas onde a pessoa escolhe o que vestir depois do banho, perfumaria, livraria, brinquedos, barbeiro, manicure e podóloga. E tem o ambiente da “turma dos ouvidos”, onde voluntários treinados escutam, conversam e dão apoio. A música ao vivo garante alegria. 

Paulo diz que algumas pessoas não querem tomar banho e é preciso respeitar. “Assim que entra, a pessoa já e recepcionada por um voluntário que explica tudo o que ele pode fazer. No início só homens apareciam, agora, infelizmente, há muitas mulheres, crianças e famílias. Claro que o banho dá dignidade, mas não é só isso, é toda a jornada. Muitos tomam banho e não vão embora, continuam ali escutando música, conversando”.

Quem se interessar pelo voluntariado precisa participar dos encontros de treinamento. Outra opção é ajudar na separação do material que chega para a triagem feita na sede da Barra Funda. Os itens doados que não vão usar encaminham para outros projetos. A partir de julho, chega uma boa novidade: um caminhão baú mais 4 cabines de banho, sendo uma acessível, e uma especial para banho pet. Genial, não?

Para saber mais:

Insta: @banhosolidáriosampa

Facebook: Banho Solidário Sampa

Pix: banhosolidariosampa@gmail.com

(11) 998127313

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