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A soja segue com o maior volume colhido no país, com uma produção estimada em 153,6 milhões de toneladasCrédito: Divulgação/Governo do Paraná

Nacional

Conab estima safra atual 15% maior do que a da temporada passada

Atualizado em: 17 de abril de 2023 às 9:11
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Expectativa é que colheita gere 312 milhões de toneladas para safra 2022/2023

A safra de grãos 2022/2023 deve ser 15% maior se comparada à temporada 2021/22. É o que estima a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ao divulgar os dados do 7º Levantamento da Safra de Grãos, na última quinta-feira (13), com uma expectativa de colheita de 312,5 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 40,1 milhões de toneladas sob o período anterior.

No caso da área plantada, é esperado um crescimento de 3,3%, o que corresponde à incorporação de 2,5 milhões de hectares, chegando a 77 milhões de hectares.

O bom desempenho é explicado não só pelo aumento de área, como também pela melhoria da produtividade de culturas como soja, milho, algodão, girassol, mamona e sorgo. Porém, o resultado consolidado ainda depende do comportamento climático, fator preponderante para o desenvolvimento das culturas de segunda e terceira safras.

Quanto aos produtos, a soja segue com o maior volume colhido no país, com uma produção estimada em 153,6 milhões de toneladas. Para o milho, a Conab aponta a colheita total do grão em 124,88 milhões de toneladas.

Outro produto que apresenta crescimento é o sorgo, influenciado pela perda da janela ideal de plantio do milho em algumas regiões produtoras e por ser um produto mais resistente à estiagem. A produção do grão pode ultrapassar as 3,7 milhões de toneladas nesta safra. 

Já para o arroz, a produção estimada é de 9,94 milhões de toneladas. O menor volume produzido é explicado pela queda na área destinada ao produto, aliada às condições climáticas adversas registradas no desenvolvimento da cultura, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão. Queda também na área total a ser semeada de feijão, podendo chegar a 2,76 milhões de hectares.

Mercado

Neste levantamento, a Conab ajustou as estimativas de exportação de soja da safra 2022/23, com expectativa de atingir um volume de 94,35 milhões de toneladas. 

A estatal também alterou as projeções de consumo interno para o óleo de soja, que passam de 9,15 milhões de toneladas para 8,29 milhões de toneladas.

A redução é explicada pela menor demanda doméstica após a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de aumento, a partir de maio, do percentual de biodiesel ao diesel de 10% para 12%, e não em 15% como utilizado nas estimativas anteriores.

Com a queda, as expectativas para a exportação de óleo subiram para 2,6 milhões de toneladas. A alta é motivada pela maior venda do produto para o mercado externo no primeiro trimestre de 2023, com elevação de 42,74% quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Este aumento é motivado pela quebra da safra da oleaginosa na Argentina. A menor colheita pelos agricultores argentinos também deve influenciar nos embarques de farelo de soja para o mercado externo, podendo chegar a 20,74 milhões de toneladas.

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