Nove navios de cruzeiro partiram dos portos de Itajaí (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Santos (SP), com escalas em 17 destinosCrédito: Reprodução/Instagram/CLIA Brasil
Nacional
Temporada de cruzeiros prevê injeção de R$ 3,6 bilhões na economia
Valor representa um aumento de 240% em comparação com o período de 2021/2022
A temporada de cruzeiros 2022/2023 se aproxima dos últimos dias e é considerada como a maior dos últimos 10 anos, segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil). A estimativa é que o impacto econômico gerado no Brasil seja de aproximadamente R$ 3,6 bilhões, um crescimento de 240% em relação a temporada 2021/2022.
Segundo dados apresentados nesta semana pela CLIA, a estimativa é de que até 700 mil cruzeiristas embarcados, número esse que é quatro vezes mais em comparação com a temporada anterior, que teve menos navios e menor período de navegação.
O valor dos R$,3,6 bilhões previstos pela CLIA engloba tanto os gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, quanto os gastos de cruzeiristas e tripulantes.
Costa Firenze, Costa Fortuna, Costa Favolosa, MSC Armonia, MSC Fantasia, MSC Musica, MSC Preziosa, MSC Seashore e MSC Seaview, formaram o grupo de nove embarcações de cabotagem que partiram dos portos de Itajaí (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Santos (SP), com escalas em 17 destinos, incluindo Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este, que voltaram aos roteiros depois de um período de restrições.
A temporada 2022/2023 marcou o retorno do Brasil à rota de importantes Companhias marítimas de todo o mundo, com 35 navios de longo curso fazendo paradas em 45 destinos localizados em 15 Estados, como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, entre outros, trazendo impactos que podem chegar a R$ 400 milhões para o país.
“Celebramos nossos avanços e conquistas nesta temporada, a maior da década, e já abrimos as portas para a próxima, que deve ser a maior dos últimos 11 anos. Estamos trabalhando muito pelo presente e pelo futuro do setor e isso engloba a busca de novos destinos, com alguns já confirmados para 2023/2024, melhorias na infraestrutura, nos custos, no ambiente de negócios do Brasil, além investimentos em sustentabilidade rumo à meta de diminuir as emissões de carbono em 40% até 2030 e zerá-las até 2050, entre outras coisas”, disse Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.
Expectativa futura
O setor de cruzeiros marítimos tem perspectivas muito positivas para a próxima temporada, que tem previsão para iniciar em outubro desse ano e deve seguir até maio do ano que vem.
A expectativa é de ofertar 840 mil leitos, crescimento de 6% em relação à temporada atual, e trazer um impacto econômico de, aproximadamente, R$ 3,9 bilhões para o Brasil, aumento previsto de 8%.
Entre as novidades, está a confirmação de Paranaguá (PR) como porto de embarque, além da possibilidade de estreia de destinos catarinenses, com escalas-teste em Penha e em São Francisco do Sul, além do trabalho um pouco mais de longo prazo para viabilizar outras cidades, como Vitória.
Além disso, a próxima temporada também terá 35 navios de longo curso, que farão paradas em 47 destinos de 15 Estados, como Amapá, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com a expectativa de gerar um impacto de R$ 450 milhões para a economia nacional.
“Nosso foco é que a indústria de cruzeiros continue crescendo, impactando positivamente a economia do país, de toda comunidade envolvida na nossa atividade, toda cadeia de turismo, como agências de viagens, operadoras de turismo, hotéis, gastronomia, atrações, entre outros, além dos destinos que recebem os navios”, finaliza Marco Ferraz.