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Márcio França esteve presente ontem na Comissão de Infraestrutura do Senado para explicar o plano de trabalho do Ministério para os próximos dois anosCrédito: Reprodução/Twitter/Márcio França

Nacional

Márcio França quer leiloar passagens que sobrarem em aviões

Atualizado em: 20 de abril de 2023 às 9:31
Marília Sena Enviar e-mail para o Autor

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, ideia foi sugerida pela Casa Civil e deve ser incluída ao programa “Voa Brasil” pelo Governo

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou ontem (19), que o Governo Federal pretende acrescentar ao programa “Voa Brasil” o leilão dos assentos finais das aeronaves que sobrarem. De acordo com França, a prática é comum em aeroportos europeus e a ideia foi sugerida pela Casa Civil.

O programa “Voa Brasil” vai oferecer passagens aéreas a funcionários públicos, estudantes e aposentados a R$ 200. A expectativa é que ele saia do papel no segundo semestre deste ano. Entre os critérios está o salário de R$ 6.800 e não estar habituado a voar. O Governo vai indicar os CPFs dos cidadãos que não viajam de avião com frequência.

“Nessa proposta dos R$ 200, acrescentamos sugestão da Casa Civil, que é: em sobrando espaço físico depois de tudo acontecer, que também haja leilões no próprio aeroporto para vagas finais, procedimento feito no aeroporto. Se alguém que tenha mais tempo, possa antecipar passagem, vender passagem… Na Europa é muito comum, estudantes ficam nos principais aeroportos esperando o leilão, feito de maneira muito rápida. Vamos acrescentar nessa proposta”, explicou.

Márcio França esteve presente ontem na Comissão de Infraestrutura do Senado. Ele foi convidado pelos parlamentares para explicar o plano de trabalho da pasta nos próximos dois anos. Na ocasião, os parlamentares relataram os problemas dos aeroportos dos seus estados e debateram as ideias do “Voa Brasil”.

O ministro enfatizou que a ideia do “Voa Brasil” foi uma sugestão das empresas aéreas. Segundo França, ele foi procurado pelas três empresas que operam no Brasil — Tam, Gol e Azul — alegando problemas e pedindo apoio na redução de custos, como no preço dos combustíveis.

Segundo o titular de Portos e Aeroportos, o programa “Voa Brasil” tem sido construído com base nos períodos em que as companhias enfrentam ociosidades nos voos. O ministro apontou que os assentos costumam ficar vazios entre o final do Carnaval, meados de junho e entre agosto e novembro.

“Não vai ser o voo que quiser. Vai ser o voo que estiver disponível em horários intermediários e de baixa temporada. Isso depois pode se amarrar também no fato de que determinadas cidades podem acoplar esse sistema junto ao Ministério do Turismo para que as pessoas possam completar esse programa com outras atividades com desconto nesse período”, destacou França.

O ministro também voltou a negar que o programa terá subsídio do Governo Federal.  “O que eles (companhias aéreas) nos pedem é que, no aplicativo deles, sem nenhum subsídio, eles implantem os voos que vão ser R$ 200 e nós vamos dizer: essa pessoa não voou há um ano. Se a pessoa não voou há um ano, pode comprar. Se a pessoa for financiar, aí tem diversas possibilidades”, explicou.

O financiamento das passagens aéreas será feito através dos bancos públicos como a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Brasil. Inicialmente, o anúncio da proposta causou repercussão no governo, incluindo bronca em público do presidente Lula contra medidas anunciadas sem o aval da Presidência. Porém, recentemente, o ministro declarou que Lula já está de acordo com o programa.

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