O Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, perdeu um número significativo de usuários nos últimos anosCrédito: Divulgação
Nacional
Márcio França se reúne hoje com concessionária para solucionar caso Galeão
Ministro de Portos e Aeroportos disse esperar que a empresa Changi possa permanecer com a concessão do equipamento
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, reafirmou o compromisso de buscar uma solução para aumentar as atividades do Aeroporto Internacional do Galeão (RJ). Segundo ele, a expectativa para a reunião com a Changi, empresa responsável pela concessão do aeroporto, é positiva.
“Estamos muito esperançosos que eles nos ajudem a ajudá-los. Que eles possam permanecer (com a concessão). Eles me disseram que iam permanecer, mas não fizeram nenhum movimento nesse sentido, a sensação que se tem é que estão o governador (Cláudio Castro), o prefeito (Eduardo Paes) e nós correndo atrás, e a empresa que é concessionária esperando”, disse o ministro ontem (26), em conversa com jornalistas.
Ontem ele participou de uma reunião promovida pela Comissão de Viação e Transportes em conjunto com a Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados (leia mais abaixo).
França lembrou que durante o processo de relicitação do Galeão, a empresa não paga outorga. “Eles não pagam, a gente não recebe e fica um impasse que para eles acaba sendo favorável”, criticou o ministro.
A reunião com a Changi estava previamente marcada para essa quarta-feira (26), mas foi remarcada. França apontou que a expectativa para a evolução do Galeão é favorável. “Em mais um ou dois anos o Galeão vai chegar no padrão que tinha antes da pandemia”.
O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), está participando das discussões pelo aeroporto. Para ele, o acordo entre a Changi e o Governo está travado e em breve a gestão será da Infraero. “O Ministério vai apresentar uma proposta, mas acho que não vão aceitar e a concessão será devolvida”.
Está marcada para o dia 16 de maio uma nova reunião entre o Ministério de Portos e Aeroportos e as autoridades do Rio de Janeiro. Na tarde de terça-feira (25), França recebeu um pedido de Cláudio Castro e Eduardo Paes para que o Aeroporto de Santos Dumont só atendesse voos de Congonhas e Brasília. A proposta visa aumentar as atividades do Galeão que perdeu um número significativo de usuários nos últimos anos.
O ministro também fez críticas pontuais à privatização e disse que já perspectivas de nova
licitação em concessões de aeroportos malsucedidas. França apontou os aeroportos do Galeão, Viracopos, em São Paulo; e Natal, no Rio Grande do Norte.
Segundo ele, o Ministério de Portos e Aeroportos está discutindo com o Ministério da Justiça a criação de uma gestão de inteligência aeroportuária e de mecanismos que evitem transtornos como o enfrentado recentemente pelas brasileiras que tiveram as etiquetas das malas trocadas, no aeroporto de Guarulhos, e acabaram presas, na Alemanha, por suspeita de tráfico de drogas.