A proposta das autoridades do Rio de Janeiro é para que o Aeroporto Santos Dumont receba voos apenas de Congonhas, em São Paulo, e BrasíliaCrédito: Fernando Frazão/Agência Brasil
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Changi pede 10 dias para se pronunciar sobre Aeroporto do Galeão
Ministro Márcio França diz que concessionária precisa pagar outorga
A empresa Changi, que administra o Aeroporto Internacional do Galeão (RJ), solicitou 10 dias ao Ministério de Portos e Aeroportos, para manifestar sobre a intenção de permanecer com o ativo. Representantes do grupo se reuniram ontem (27) com o ministro Márcio França em busca de soluções para as atividades do equipamento.
“As tratativas para o cenário do Terminal Rio (Galeão/Santos Dumont) continuam e possíveis soluções deverão ser apresentadas na reunião prevista para o próximo dia 16 de maio, entre o ministro, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o prefeito da capital, Eduardo Paes. Havendo atualizações anteriores ao encontro, daremos ampla divulgação”, informou a equipe de Márcio França.
Em entrevista ao portal Poder 360, o ministro afirmou que o Governo Federal tem interesse em continuar com a Changi, mas para isso o grupo de Singapura precisa voltar a pagar a outorga da concessão do aeroporto, e que a União não tem o poder de reduzir os custos.
“De nossa parte, temos todo interesse que ela continue, mas tem de ficar pagando. Nós não temos a competência de isentá-la desse valor”, disse França.
A Changi pede que os descontos dados pelo Governo Federal durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19 continuem. De acordo com o ministro, isso não seria possível pois pode acarretar em problemas jurídicos. Márcio França apontou que as empresas que perderam o leilão para a Changi em 2013 podem entrar na Justiça alegando mudanças nas condições previstas no edital.
França lembrou que o Ministério de Portos e Aeroportos está buscando recursos para deixar o Galeão mais atrativo. Segundo ele, uma das maneiras é deslocar as atividades dos Correios para o aeroporto internacional.
“Ontem estava lá o presidente dos Correios se dispondo a botar mais voos da empresa. A gente está se dispondo a reenquadrar o Aeroporto Santos Dumont. A média do Santos Dumont chegou a 10,5 milhões no ano passado. A proposta é chegar na média histórica a 9 milhões de passageiros. O Rio propôs limitar a algumas cidades”, detalhou França.
No início desta semana, o ministro recebeu o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, para uma reunião em busca de soluções para aumentar o número de passageiros no Galeão, que perdeu uma quantidade considerável de usuários nos últimos anos.
A proposta das autoridades do Rio de Janeiro é para que o Aeroporto Santos Dumont receba voos apenas de Congonhas, em São Paulo, e Brasília. O Governo estuda a sugestão. Uma nova reunião entre as partes foi marcada para o dia 16 de maio para solucionar a questão.
ASPAS
“De nossa parte, temos todo interesse que ela (Changi) continue, mas tem de ficar pagando. Nós não temos a competência de isentá-la desse valor”
Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos