Claudio Cajado não deu detalhes sobre as mudanças que vai propor no texto, mas afirmou que o novo marco fiscal deve fazer a taxa Selic cair para um dígitoCrédito: Divulgação/Câmara dos Deputados
Nacional
Relator do Arcabouço Fiscal diz que está analisando os investimentos em infraestrutura
Claudio Cajado avalia pedidos dos ministros para não limitar despesas do setor no texto do relatório que será apresentado à Câmara
O relator do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, Claudio Cajado (PP-BA), afirmou ontem (9) que está analisando os pedidos dos ministros de Infraestrutura (Transportes e Portos e Aeroportos) para não limitar as despesas do setor no texto do relatório que será apresentado à Câmara amanhã (11).
“É um pedido deles, vamos analisar. Outras pastas também precisam de investimentos, como a cultura, ciência e tecnologia, por exemplo”, disse o relator.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, enfatizou em declarações à imprensa e a parlamentares que o novo arcabouço fiscal precisa garantir ao Brasil as condições de investimento. “Não dá para investir sem sustentação, mas na discussão do novo marco fiscal vamos ter que discutir se o que estávamos fazendo estava errado ou não”, disse.
Na ocasião, Renan disse que o orçamento do Ministério da Infraestrutura deixado para este ano pelo governo anterior era de R$ 5 bilhões, atrás de R$ 45 bilhões no ano de 2012. O valor para 2023 foi revertido para R$ 21 bilhões através da aprovação da PEC da Transição.
Claudio Cajado participou de uma série de reuniões ontem para articular a aprovação do arcabouço fiscal. Com a entrega do relatório prevista para amanhã, a expectativa é de que a votação fique para a próxima terça-feira (16).
O relator não deu detalhes sobre as mudanças que vai propor no texto, mas afirmou que o novo marco fiscal deve fazer a taxa básica de juros, a Selic, cair para um dígito. “A política monetária vai ter que fazer com que os juros caiam, e eu acredito a um patamar de um dígito” disse. O percentual dos juros foi mantido pelo Banco Central a 13,75% ao ano no início do mês de maio.