O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que abrasileirar os preços significa levar as vantagens do Brasil em conta, sem tirá-lo do contexto internacionalCrédito: Thomaz Silva/Agência Brasil
Nacional
Petrobras anuncia redução no valor do diesel e da gasolina
Cortes foram divulgados logo após a estatal mudar política de preços
A partir de hoje (17) o diesel e a gasolina estarão mais baratos. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou ontem (16), em Brasília, uma redução no preço desses combustíveis. O litro do diesel passa de R$ 3,46 para R$ 3,02 (R$ 0,44 por litro ou 12,8% a menos). Já o litro da gasolina caiu de R$ 3,18 para R$ 2,78, um recuo de R$ 0,40 ou 12,6%.
Este é o primeiro anúncio após a mudança da política de preços da Petrobras, que elimina a Política de Paridade de Importação (PPI). A última redução da gasolina foi anunciada no dia 28 de fevereiro e a última queda no valor do diesel no dia 28 de abril. Os commodities passam a ter os menores valores desde agosto de 2021.
“Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, informou a Petrobras.
Essa é a primeira mudança anunciada pela Petrobras desde o fim da PPI que conduzia os preços dos combustíveis desde 2016. Com a antiga política, os preços dos combustíveis eram orientados pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pela cotação do dólar.
Em entrevista ao canal de TV Globonews, o presidente Jean Paul Prates disse que “abrasileirar os preços significa levar as nossas vantagens em conta, porém, sem tirar o Brasil do contexto internacional”.
Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a PPI “era uma mentira e um crime contra o povo”. “A Petrobras ficava amarrada nesse teto, e não podia ter a flexibilidade natural de mercado. Por isso, eu chamei de plano de competitividade interna”, completou.
Para o ministro, o “equilíbrio da competição interna” irá garantir de forma natural o abastecimento de combustíveis no mercado nacional sem o risco de desabastecimento pela desordem entre os valores locais e preços internacionais.
“O desafio do abastecimento interno, o preço de competitividade interna facilita isso. A volatilidade do mercado natural vai se dar conforme o abastecimento interno, em primeiro lugar, e depois a questão da exportação”, argumentou.