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Os participantes do painel “Demandas e desafios dos embarcadores de carga no Porto” pediram urgência na busca por soluções para eliminar os gargalosCrédito: Gabriel Imakawa/Brasil Export

Região Sudeste

Falta de definição de projetos para resolver gargalos preocupa usuários do Porto

Atualizado em: 17 de maio de 2023 às 10:32
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Demandas e desafios do complexo santista foram o tema do terceiro painel do Santos Export

A falta de definição de projetos que podem resolver os principais gargalos do Porto de Santos (SP), entre eles os acessos por terra, preocupa as empresas que embarcam suas cargas pelo complexo portuário.

Entre as urgências está a necessidade de uma terceira pista ligando o Planalto ao Porto de Santos, que segue sendo atendido por apenas uma pista: a via Anchieta, administrada pela Ecorodovias.

A questão foi tema do terceiro painel do Santos Export, exposto ontem (16), no Blue Med Convention Center, que debateu “Demandas e desafios dos embarcadores de carga no Porto”, com a presença de Neuton Karassawa, diretor de Logística da GM; Ricardo Nascimbeni, diretor de Supply Chain da Cargill no Brasil; e André Rebelo, diretor do Departamento de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Mesmo com as projeções do Plano Mestre do Porto de Santos, que indicam que até 2040 o ativo estará movimentando 240 milhões de toneladas, alta de 50%, ainda não há uma definição sobre a terceira pista, nem mesmo a previsão de quando os estudos começarão.

“No Brasil, a gente discute muito ideias, mas não dá o próximo passo. Precisamos ter senso de urgência para que as ideias virem projetos e sejam executadas. Caso contrário, sentiremos ainda mais os impactos, principalmente em relação ao custo”, disse André Rebelo, da Fiesp.

Nascimbeni ressaltou as estimativas do agronegócio. “Vai crescer e testará todos os gargalos que já temos hoje”.

O diretor de Supply Chain da Cargill acredita que o Porto de Santos vai continuar tendo papel importante no escoamento das cargas agrícolas, citando ser fundamental remover os gargalos o quanto antes.

“A produção está mudando e agora temos safra o ano inteiro, não só no segundo semestre. Tem também a nova realidade da colheita do milho, que tem aumentado e encavalado com a soja, gerando uma demanda maior de embarque e com prospecção de crescimento da produção. Ou seja, se não tomarmos as decisões agora, em cinco anos teremos gargalos evidentes”, explicou.

Neste sentido, Rebelo afirmou que a Fiesp tem feito interlocução com autoridades e governos visando dialogar sobre a terceira ligação Planalto-Porto.

Já Nascimbeni acredita que “não há mais tempo para discutir projetos; precisamos de execução”, afirmando também que é preciso priorizar quais os gargalos que mais impactam as operações, já que o capital é restrito. “Para mim, o acesso ferroviário é uma dessas prioridades”, ressaltou.

 

LEGENDA

Os participantes do painel “Demandas e desafios dos embarcadores de carga no Porto” pediram urgência na busca por soluções para eliminar os gargalos

Crédito: Gabriel Imakawa/Brasil Export

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