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“Brigar por bagunça é mais fácil do que brigar por infelicidade”

Atualizado em: 27 de maio de 2023 às 15:12
Ivani Cardoso Enviar e-mail para o Autor

“Brigar por bagunça é mais fácil
do que brigar por infelicidade”

ESSA FRASE DA ESCRITORA E TERAPEUTA DE CASAL SOLANGE ROSSET SALTOU DA ENTREVISTA
NA REVISTA GAMA, DA FOLHA DE S.PAULO. ACHEI REAL E BEM COMUM NO DIA A DIA DE
TANTOS CASAIS. UM RECLAMA DA DESORDEM DO OUTRO, COMO SE ESSE PONTO FOSSE
FUNDAMENTAL PARA A RELAÇÃO. É A PIA MOLHADA, OS LIVROS FORA DO LUGAR, A TOALHA
EM CIMA DA CAMA, AS MEIAS DESENCONTRADAS… COMO ELA DIZ, A TAL BAGUNÇA GERALMENTE
É UM TEMA DISPARADOR PARA DESACERTOS DE QUEM NÃO TEM CORAGEM DE DEBATER O
QUE REALMENTE IMPORTA E PODE DESARRANJAR DE VERDADE OU MELHORAR AQUELAS VIDAS.

 

Carregamento dos navios filmado em tempo real?

Daniel Mota

Daniel Mota

 

João Netto

João Netto

Projeto pioneiro da Poli busca aumentar a produtividade nas zonas portuárias e ajudar o meio ambiente, usando métodos tecnológicos e Inteligência Artificial. Os professores e pesquisadores Daniel Mota e João Netto, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica (Poli) da USP e da Engenharia Naval respectivamente, ambos membros do Conselho ESG do Brasil Export, estão à frente de um projeto inovador para ganhar eficiência na atividade portuária. A proposta é monitorar em tempo real o carregamento de navios no Porto de Santos, para coletar dados por câmeras que serão tratados por redes neurais e por algoritmos. O objetivo final é auxiliar na resolução dos problemas nas áreas de competitividade, social e ambiental. O melhor: pode ser aplicado em outros portos.

Como é o nome do projeto?

É Monitoramento Dinâmico da Carga e Descarga de Navios em Tempo Real para o Ganho de Produtividade e Redução de Particulados, apoiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), e busca auxiliar na resolução dos problemas que envolvem os portos. 

É um projeto pioneiro?

Sim, de acordo com nossa pesquisa, é pioneiro no mundo. Pesquisamos e não encontramos histórico de pessoas que utilizaram essa estrutura que estamos propondo. Chegamos à conclusão de que esses conhecimentos estão muito sedimentados nas áreas específicas. Nossa proposta é unir as partes e trazer uma solução única. 

Há quanto tempo trabalham juntos?

Somos contemporâneos de doutorado na Poli, orientados pelo professor Rui Botter. Fizemos o doutorado no centro de pesquisa que hoje coordenamos. Depois de um certo tempo resolvemos voltar para a vida acadêmica, mas continuamos atuando no centro de pesquisa. Muitos acham que pesquisar é sentar atrás de um computador escrevendo, mas nós nos colocamos na área de pesquisa aplicada, vamos a campo atrás dos problemas reais que depois viram mestrado, viram artigo e publicações. Queremos resolver problemas que reduzem e limitam as capacidades e produtividades em sistemas logísticos dos mais diversos.

Como surgiu a ideia do projeto?

Ter informações da operação do navio enquanto ele está operando sempre foi o calcanhar de Aquiles dos nossos modelos matemáticos. Como se consegue essa informação? Nós ajudamos várias empresas a estruturar o banco de dados, e desde que trabalhamos com essas pesquisas para ajudar os terminais a aumentarem a produtividade e a eficiência, percebemos a importância de ter dados consolidados. 

Quando o projeto virou realidade?

Nós já estávamos próximos de grupos que atuam no Porto de Santos e são muito ativos em inovação e pesquisa. Em agosto de 2022, o CNPQ lançou em edital uma CT (chamada técnica). Tinham várias chamadas setoriais e nos interessou a que tinha a proposta de uso de tecnologias do sistema de transporte aquaviário.  Os editais e as linhas de fomento disponíveis eram muito competitivos, nem acreditamos quando nossa proposta foi aprovada. O destaque era na parte de sustentabilidade, foi um insight do professor Rui para, além de capturar a informação em tempo real, pesquisar o que está sendo emitido ou perdido por dispersão durante um processo de carregamento.

Como foi a repercussão?

O Porto de Santos adorou a ideia e a investigação interessou muito. É ampliar a produtividade usando visão computacional com cunho de sustentabilidade para medição dos particulados. Toda vez que um navio é carregado, parte da carga está sujeita a cair no mar, em função dos ventos ou da correnteza que movimenta o navio, e pode haver um descompasso entre a lança e a embarcação. Se caírem dentro do mar, o volume da contaminação sólida pode ser grande. Também acontece com minério, açúcar, farelo de soja. Na certificação ambiental portuária, desenvolvida pelo Centro de Inovação em Logística Portuária (CILIP/USP) em conjunto com a Fundação Vanzolini, vemos como os portos tentam mitigar os efeitos dessas partículas.

Como entra a Inteligência Artificial?

Muitos trabalhos que o porto faz de fiscalização do navio são manuais, tem alguém por trás que diz quantas toneladas foram carregadas, é uma percepção humana. Nossa ideia é criar, através das imagens filmadas do navio, algoritmos que processem essa imagem e transformem nas informações que poderão ser coletadas.

Onde ficam as câmeras?

Ainda está em discussão. O ideal é que essa inteligência esteja na câmera ou distribuída nos servidores que podem estar em qualquer lugar. A IA está na visão computacional, e pode ser a mesma tecnologia que o pessoal usa nas câmeras nas avenidas de grandes centros para ler a placa dos carros. Desafio é tratar as imagens para trazer as informações de carregamento. O que vamos desenvolver é a possibilidade de dizer que esse navio estará pronto em determinada hora. Não é estimativa.

Como será a estrutura?

Na área de equipamentos, muita coisa já existe, vamos usar câmeras boas de alta resolução, o que vamos desenvolver é arquitetura de integração de câmeras e dados que garantem boa qualidade para análise por parte dos algoritmos. Parte do projeto é tocada por uma equipe de telecomunicações que está avaliando isso, a forma como essa informação vai chegar por cabo, armazenagem local ou na nuvem. Não podemos esquecer que cada medição é para cada berço, para cada operação do navio. O porto de Santos conta com diversos berços. 

No final, as informações ficarão abertas?

Divulgar o resultado da informação é um dos requisitos do projeto imposto pelo agente de fomento. Vamos desenvolver um portal para disponibilizar essas informações tratadas. Os benefícios são grandes com o monitoramento em tempo real:  produtividade e emissão de particulados.

Quais os benefícios?

 Serão beneficiados os terminais, que terão menos perdas. A autoridade portuária terá gestão melhor do ativo do porto; vão acertar as datas de entrada e saída na janela, que é muito disputada e muito justa. Esses dois sistemas funcionando bem é riqueza gerada, vai ser bom para todo mundo. Em relação ao particulado, é menor contaminação do ar, do oceano. A sociedade como um todo será beneficiada com a melhoria do ambiente marinho, redução da poluição sonora, atmosférica, ambiental. 

O projeto em atividade poderá gerar desemprego?

A tendência é que gere mais empregos.  Essa área está crescendo, tem uma carência mundial de profissionais.

 

Leitura

Alimentos brasileiros

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“Brasil em 50 alimentos” é a publicação (impressa e para download gratuito) lançada para celebrar os 50 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os alimentos foram escolhidos considerando sua importância econômica e social, e, particularmente, a contribuição da ciência brasileira em seu desenvolvimento. Cada alimento é apresentado em seis páginas com textos, gráficos, fotos e ilustrações. Em 359 páginas, o livro destaca a diversidade e a relevância da produção de alimentos em nosso país e sua importância global, ressaltando a conexão com a produção científica brasileira. Concebido e organizado pelo jornalista Jorge Duarte, “Brasil em 50 Alimentos”, a obra tem 359 páginas e a primeira edição tem 350 exemplares, mas está disponível na internet para qualquer interessado no site https://www.embrapa.br

Série

“Succession termina neste domingo. Que pena!

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Com diálogos intensos, ótimos atores e conflitos comparados aos criados por Shakespeare em “Rei Lear”, a série da HBO Max termina na quarta temporada. Com vários prêmios, a história tem referência à vida do empresário Rupert Murdoch, da News Corp. O engraçado é que eu, pelo menos, não consegui me envolver ou torcer por nenhum dos personagens principais: o magnata Logan Roy (Brian Cox, genial) e seus filhos que disputam a sucessão e o poder. Só amanhã (28) saberemos quem será o próximo CEO da empresa Waystar Royco:  Kendall, Roman ou Shiv? Nenhum é confiável, têm emoções duvidosas, mas nem por isso o tema familiar universal deixa de ser interessante e tratado com maestria.

Feira

Tradição gaúcha em Brasília

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A Expô Tchê será realizada de 2 a 11 de junho, em Brasília, com a participação de mais de 200 expositores, trazendo novidades em comidas,  produtos para o lar, um Festival de Chopp, vinícolas, vestuário (com destaque para os tradicionais produtos em couro e lã, acessórios), calçados, móveis, turismo da região e também brinquedoteca e fazendinha para as crianças. A parte cultural inclui shows, apresentações circenses, de teatro, exposições fotográficas e literária e de danças típicas. 

Serviço

Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade – SRP / Sul Parque da Cidade S/Nº Asa Sul – Brasília – DF 

De 02 a 11 de Junho de 2023

Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia entrada) e dão acesso a todos os shows.

 

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