O Congresso Brasileiro de Hidrogênio discute, entre vários temas, o desenvolvimento da cadeia de valor do combustível, visando viabilizar sua comercialização e seu usoCrédito: Divulgação
Região Nordeste
Porto de Suape apresenta projeto TecHub H2V em congresso no Rio de Janeiro
Especialistas do setor de energia discutem o novo combustível no 3º Congresso Brasileiro de Hidrogênio
O diretor de Sustentabilidade do Porto de Suape (PE), Carlos Cavalcanti, apresentou o projeto do TecHub H2V do complexo aos participantes do 3º Congresso Brasileiro de Hidrogênio, que começou ontem (29) e segue até amanhã (31), em Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Durante o encontro, entre outros temas, está sendo discutido o desenvolvimento da cadeia de valor do hidrogênio verde, visando viabilizar a comercialização e o uso do novo combustível.
O congresso reúne ainda uma feira com estandes de mais de 30 empresas, que apresentam produtos, tecnologia e equipamentos relacionados ao uso do hidrogênio.
Em relação ao Porto de Suape, o diretor explicou que o complexo está na rota da descarbonização e “nada mais significativo do que mostrar os projetos em andamento em um dos maiores eventos de hidrogênio do Brasil”, pontuou.
Segundo ele, a ideia é buscar conexões que agreguem a transição energética em consonância com a agenda ESG (sigla em inglês para gestão ambiental, social e de governança), a qual Suape se alinha.
O TecHub H2V é uma iniciativa liderada pela CTG Brasil, uma das principais empresas de geração de energia limpa no país, em parceria com o Departamento Nacional do Senai, Senai Pernambuco e o Governo de Pernambuco, com investimento de R$ 45 milhões.
A ideia é que o hub seja uma plataforma de pesquisa, desenvolvimento e inovação focada no novo combustível, pensando soluções para a produção, transporte, armazenamento e gestão de hidrogênio verde.
O empreendimento deve ocupar uma 1,38 hectare, oferecendo estrutura para usinas solares, três usinas de hidrogênio verde, conjunto de contêineres para o desenvolvimento de projetos, estações de abastecimentos de H2V, além de outros equipamentos que pretendem transformar essa área do porto em um laboratório vivo em escala real, com a infraestrutura necessária para o desenvolvimento, testagem e experimentação de soluções na cadeira do hidrogênio de baixo carbono.
A previsão é que as obras sejam iniciadas ainda neste ano, com operação iniciando no ano que vem.
Aporte do Governo
Celso Pansera, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), disse em vídeo na abertura do congresso que o órgão planeja ampliar o financiamento a projetos que promovam inovações no setor elétrico, como o hidrogênio.
Segundo ele, há um edital de R$ 55 milhões para financiar ideias que usem as novas energias, inclusive projetos na área de hidrogênio.
“Já estamos debatendo, dentro do Conselho do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico [FDCT] e a diretoria da Finep, a ampliação desses valores”, afirmou Pansera.