Segurança nas operações é a prioridade para a Praticagem
Nacional
Praticagem do Brasil comemora 215 anos com investimentos
Segurança da navegação e eficiência portuária são as prioridades, diz presidente
A Praticagem do Brasil comemora 215 anos nesta segunda-feira, 12 de junho, data na qual em 1808 Dom João VI publicou o primeiro decreto regulando o serviço. A preocupação com as manobras de entrada e saída de embarcações era latente, em especial após a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, oficializada em 28 de janeiro do mesmo ano. São 20 Zonas de Praticagem (ZP) instaladas no Brasil, nas quais os práticos executam suas atribuições na costa, nos rios e em lagoas, superando desafios de infraestrutura e necessitando de permanente treinamento para lidar com navios cada vez maiores e mais modernos. “Para isso, vamos além da nossa missão, realizando uma série de investimentos próprios em prol da segurança da navegação e da eficiência portuária. Agregamos valor quando investimos em estudos, treinamento e tecnologias que contribuem para vencer as limitações portuárias que impactam o Custo Brasil”, explica Ricardo Falcão, presidente da Praticagem do Brasil e vice-presidente da Associação Internacional de Práticos Marítimos.
Falcão cita uma série de iniciativas tomadas pela entidade para aprimorar os serviços prestados e contribuir com o sistema portuário nacional. “Nossas lanchas de batimetria são um exemplo, identificando assoreamentos a fim de alertar Autoridades Portuárias e atualizar as cartas náuticas. Cartas desatualizadas significariam calados mais conservadores, ou seja, mais navios seriam necessários para escoar a mesma carga”, observa. O sistema de calado dinâmico, que indica com mais precisão o calado seguro dos navios, e o balizamento virtual são outras ferramentas indicadas pelo dirigente como fatores de desenvolvimento na movimentação de cargas em todo o País.
Além disso, quatro praticagens já dispõem de simuladores próprios em suas sedes. “Há pouco mais de um ano implantamos um centro de última geração no Instituto Praticagem do Brasil, em Brasília. Trouxemos a ferramenta para perto das autoridades que decidem sobre projetos aquaviários e portuários no País, com o intuito de agilizar novas operações com segurança”, lembra Falcão. A entidade aplica recursos, ainda, na renovação da frota de lanchas que transportam os práticos até os navios e no portable pilot unit (PPU), aparelho portátil de navegação eletrônica com antena independente, que fornece dados mais precisos do que os equipamentos de bordo. A Praticagem do Brasil apoiou o desenvolvimento de um PPU nacional junto à Universidade de São Paulo (USP).
“Todos esses investimentos possibilitam que os navios carreguem mais e demorem menos tempo para entrar nos portos e sair deles. No que está ao nosso alcance, não ficamos parados à espera de soluções. Seguiremos defendendo o nosso modelo de praticagem, capacitando os nossos práticos no mais alto nível e sendo parceiros para driblar os gargalos que afetam o usuário do porto, o dono da carga. Em 215 anos, jamais fomos criticados em nossa capacidade técnica e de entrega do serviço. Somos referência e motivo de orgulho para a sociedade”, completa Falcão.