Governador do RJ defende gestão compartilhada do Santos Dumont

Claudio Castro se encontrou com o presidente Lula e o ministro Rui Costa para discutir a situação desse aeroporto e o do Galeão

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, discutiu ontem (12) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o futuro da gestão do Aeroporto Santos Dumont e do Aeroporto Internacional do Galeão.

Segundo ele, o Santos Dumont pode ser administrado de forma compartilhada pelo Governo Federal, Estado e Município. Um dos objetivos da Sociedade de Propósito Específico (SPE) é equilibrar o número de voos entre o Santos Dumont e o Galeão.

“Tiveram algumas propostas lá, como Estado, Prefeitura e União fazendo a gestão do Santos Dumont e assim podendo fazer essa transição. Eu gostei muito dessa ideia”, defendeu Castro.

A ideia, segundo o governador, foi bem recebida pelo presidente Lula e pelo ministro Rui Costa e ficaria em vigor até uma nova licitação para administrar o Santos Dumont.

“A questão toda era a gente ter uma gestão compartilhada dos dois equipamentos porque nós aprendemos que a questão do Rio é uma cidade, um estado multiaeroportos. Então, que a gente tenha uma gestão compartilhada entre os dois”, disse Castro.

O governador admitiu que a operadora Changi poderia ser contratada para administrar o Aeroporto Santos Dumont.

A ideia será discutida entre Lula, o Ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ainda esta semana.

As mudanças discutidas serão colocadas em prática ainda este ano no segundo semestre e de forma escalonada para não prejudicar os passageiros, segundo Castro.

A principal preocupação das autoridades é o desempenho do aeroporto do Galeão. O Galeão chegou a embarcar 17 milhões de passageiros em 2014, mas em 2022 terminou o ano com 5,9 milhões de usuários.

Já a demanda do Santos Dumont ultrapassou o limite de usuários no ano passado superou 10 milhões, acima dos 9,2 milhões registrados em 2013.

O Governo tem a expectativa de alcançar 8 milhões de passageiros até o final de 2023 no Galeão, o que seria um aumento de 40% frente aos números de 2022. Para o Santos Dumont, a expectativa é de aumentar em 10% a movimentação neste ano.