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Da engenharia à infraestrutura

17 de junho de 2023 às 14:59
Ivani Cardoso Enviar e-mail para o Autor

“Um bom choro vale mais que
doses de tranquilizantes”

GUILLERMO RUBEN, ANTROPÓLOGO

SEMPRE FUI CHORONA E CONFESSO QUE ISSO ME ATRAPALHOU EM ALGUNS MOMENTOS.
CHORO EM FILMES, CHORO EM PASSAGENS DE LIVROS, CHORO EM CENAS COTIDIANAS,
CHORO QUANDO CONSEGUEM ME MAGOAR. PIOR É CHORAR COM RAZÃO: SE EU FICO MUITO
REVOLTADA COM INJUSTIÇAS, COMIGO OU COM OS OUTROS, EU CHORO EM VEZ DE BRIGAR
E DEFENDER A MINHA CAUSA, QUE GERALMENTE VIRA PERDIDA. NA PESQUISA REALIZADA,
RUBEN DESCOBRIU QUE AS PESSOAS CHORAM MAIS ÀS SEXTAS-FEIRAS E AOS SÁBADOS,
DIAS EM QUE AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS SE INTENSIFICAM. DE QUALQUER FORMA, ACHO
QUE CHORAR FAZ PARTE DA VIDA; AINDA PREFIRO O CHORO AOS TRANQUILIZANTES

 

Foco

Da engenharia à infraestrutura

Foto Anderson Rodrigues

Foto Anderson Rodrigues

Rui Klein não era muito ligado em carrinhos, caminhões ou ônibus na infância. O que ele gostava mesmo era de construir coisas, incluindo casas, prédios e até estradas. Com essa bagagem, a Engenharia Civil foi a opção natural do Diretor de Concessões Rodoviárias da EcoRodovias (e Diretor Presidente das concessionárias Ecovias dos Imigrantes, Ecopistas, EcoNoroeste, Ecovias do Araguaia e Ecosul).

Com mestrados em Infraestrutura de Transportes pelo ITA e em Gestão Empresarial pela FGV, Rui Klein está há mais de 20 anos no setor de Infraestrutura de Transportes. No início da carreira trabalhou em construção civil, mas o foco foi para a área de concessões rodoviárias quando começou no Consórcio Univias, no Rio Grande do Sul. 

Desde 2005 está no grupo Ecorodovias, onde passou por diferentes posições de gestão e empresas, na área de Engenharia. “Antigamente não era tão comum engenheiro trabalhar com transporte, na época o setor ficava na esfera estatal. No final da década de 90, os professores da universidade trouxeram a novidade do nascimento do setor privado de infraestrutura no Brasil, um mercado relativamente novo. Eu estava me formando e me interessei pela opção”, relembra.

Gaúcho da cidade de Carazinho, no Interior do Rio Grande do Sul, uma pequena de 70 mil habitantes, ele costuma dizer que lá de conhecido só mesmo Leonel Brizola (que nasceu em Cruzinha, antigo nome da cidade). 

A Graduação foi na Universidade de Passo fundo, distância de 40 km que ele percorria duas vezes por dia, com aulas pela manhã e à noite. 

Quando chegou o momento de mudar de estado, não foi nada fácil: “O Estado de São Paulo é uma terra acolhedora, uma cidade bastante cosmopolita e a  adaptação foi fácil,  mas gaúcho sofre muito ao sair do Rio Grande do Sul. Acho que sofro até hoje, é uma dor que não passa nunca, somos muito bairristas”.

Mesmo longe da terrinha, mantém hábitos do sul como o chimarrão e o churrasco. O primeiro deixou de ser diário, mas o final de semana com churrasco é sagrado, com direito ao avental e faca especiais: “Reservo alguns hábitos do Sul. Churrasco faço todos os domingos, aprendi desde criança com meu pai e a tradição continua. Não são churrascos sofisticados como em São Paulo, diferentes no corte e na forma de servir. O gaúcho faz um churrasco mais simples, com cortes típicos, não pode faltar costela. Lá no Sul, a picanha não faz sucesso como aqui. Não tem muito segredo um bom churrasco, é manter o fogo no ponto e garantir a costela”, revela.

Sobre o momento de mudanças que o setor de infraestrutura está vivendo, explica que a empresa acompanha a aceleração da tecnologia como prioridade: “Passamos por mudanças geracionais, de processos, na forma de trabalhar, a pandemia mudou muita coisa. Por incrível que pareça, embora a infraestrutura seja tão tangível com grandes obras, pontes, viadutos, túneis e barragens, há muita tecnologia embarcada”.

Por outro lado, faz questão de afirmar que mantém os pés nas duas canoas: “Nós nos atualizamos para lidar com as novas gerações da empresa, mas sem deixar de lado aquilo que de fato nos trouxe até aqui e é recomendado do ponto de vista técnico, sem modismo. A boa técnica e os grandes projetos exigem muitos cuidados, não podemos perder a essência do que faz os grandes projetos com segurança e perenidade”.

A Ecorodovias tem um portfólio de grandes empresas de concessões, o que garante otimismo. A última novidade foi a concessão da Rodovia Washington Luís, com a malha do Lote Noroeste, englobando 600 quilômetros de rodovias das regiões de Araraquara, São Carlos, São José do Rio Preto e Barretos. “A entrada de uma empresa como essa vem oxigenar o portfólio, mas é um processo longo: estudar o leilão, participar, vencer e atuar na fase pré-operatória, até entrar em operação. É uma jornada longa, é um mundo à parte que corre nos bastidores. É importante que as pessoas conheçam e criem uma nova visão do nosso trabalho”.

A preocupação com o lado social é outro ponto de orgulho de Klein: “Uma empresa de infraestrutura não é só concreto e asfalto e contrato de atendimento com guincho, tem muito mais. As rodovias passam por áreas vulneráveis, há o contato com o meio ambiente, inclusive de forma mas intensa em algumas regiões. Convivemos com as periferias e áreas mais degradadas. Uma empresa como a nossa deve levar um pouco de alento através dos nossos projetos e serviços”.

Nesse setor, a Ecorodovias tem projetos de capacitação de moradores (muitos depois até trabalham na empresa), projetos envolvendo esportes e a questão do lixo; campanhas de saúde, tráfego seguro, proteção ao meio ambiente, cestas básicas e prevenção de acidentes. “Este é um pilar que veio muito antes do ESG tão falado, faz parte do nosso dia a dia”.

Atualmente Klein valoriza muito as possibilidades abertas pelas redes sociais: “Demoramos um pouco para entrar, mas hoje essas ferramentas de comunicação são essenciais e nos trazem insumos para acompanhar o que acontece. Eu brinco com meu pessoal que só está faltando eu fazer dancinha no Tik Tok”.

.A rotina de viagens e reuniões do executivo ocupa espaço na agenda, mas sempre que consegue faz visitas a obras ou escritórios dos projetos para estar mais presente: “É um jeito de sentir também a experiência dos usuários”.

Quando pergunto sobre a saturação da Anchieta/Imigrantes, Klein é cuidadoso: “Esse assunto tem sido trazido pela imprensa e pessoas da Baixada Santista. Temos acompanhado e contribuímos com o tema colocado pela sociedade. Nós achamos natural saudável o debate. É um tema especial e delicado, são decisões que afetam décadas, queremos contribuir com o governo para a melhor decisão, mas decisão cabe ao Estado”.

Ainda para 2023, garante que há boas expectativas na entrega de obras no sistema Anchieta/Imigrantes e outros projetos em âmbito nacional que serão divulgados oportunamente: “Temos muitos investimentos ocorrendo em obras e boas surpresas até o final do ano”.

Além do churrasco e do convívio com a família, Klein é apaixonado por esporte: “Sou um esportista frustrado que não conseguiu viver do esporte. Idealmente gostaria de ter sido jogador de basquete ou vôlei; hoje jogo tênis”. Nos últimos tempos tem curtido dividir o tempo em algumas atividades que permitem ouvir podcasts de temas que interessam. Também gosta de leitura, no meio físico e digital. Além dos clássicos gaúchos (Erico Verissimo, Luiz Fernando Verissimo e Lia Luft, entre outros), o livro de cabeceira é de Simões Lopes Neto, um autor pelotense e considerado o maior autor regionalista do Rio Grande do Sul, valorizando a história do gaúcho e tradições em suas obras.

 

Passeio

Do tempo do Imperador

Foto divulgação

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Que tal conhecer o museu mais visitado do Brasil? O Museu Imperial, em Petrópolis, está localizado no antigo Palácio Imperial, a residência preferida de D. Pedro II, construída entre 1845 e 1864 pelo Imperador. A construção em estilo neoclássico possui o principal acervo do país relativo ao império brasileiro, em especial o chamado Segundo Reinado, o período governado por D. Pedro II. São cerca de 300 mil itens museológicos, arquivísticos e bibliográficos à disposição de pesquisadores e demais interessados em conhecer um pouco mais sobre o tema, além de constantes eventos, exposições e projetos educativos.  A atração principal é a coroa de D. Pedro II, exibida com medidas de segurança, feita em ouro cinzelado, ornamentada com brilhantes e pérolas.

Serviço

Visitação: Terça a domingo, das 11h às 18h (bilheteria até às 17h30). 

Endereço: Rua da Imperatriz, 220 – Centro – Petrópolis – RJ

Telefones:(24) 2233-0300 (Geral) / (24) 2233-0314

 

Leitura

O último livro de Contardo

 “O sentido da vida” é um livro para aqueles que se atentam, se arriscam e se aventuram verdadeiramente, como está na sinopse da Editora Paidós. O psicanalista Contardo Calligaris sabia que estava muito doente e resolveu escrever sobre temas que já rondavam seus textos e reflexões: a obrigação da felicidade, o “morrer bem” e o sentido da vida. São memórias de infância, experiências clínicas e observações sobre arte, história e a Bíblia para abordar temas tão particulares quanto universais. Ele morreu em março de 201, aos 72 anos.

 

Teatro

Tributo aos musicais

Foto divulgação

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Com 32 artistas e orquestra em cena, Um Dia na Broadway entra em cartaz dia 16 de junho no Teatro Claro, em São Paulo, reproduzindo a atmosfera de 10 dos mais famosos musicais de todos os tempos, com figurinos e cenários grandiosos. São eles: Priscila, Evita, Chicago, Grease, Les Miserable, Mary Poppins, A Bela e a Fera, Fantasma da Ópera, Cats, Mamma Mia, Hair e Cabaret. A produção é do diretor e músico Billy Bond, que pretende levar o público a uma viagem musical a Nova Iorque. Um painel de 160 metros de tiras de luz de LED reproduz pontos turísticos clássicos como Times Square, Broadway, Estátua da Liberdade, Wall Stret, Harlem, Empire  State, Metrô e Grand Central Station.

Serviço

Sessões: sextas, 21h; sábados 21h; e domingo 19h. 
Até 09 de julho.

Teatro Claro São Paulo – Rua Olimpíadas, no 360 (Shopping Vila Olímpia)

 5° Piso – Vila Olímpia.

 

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