O secretário-executivo do Ministério de Portos, Roberto Gusmão, também defendeu o incentivo à política para estudos hidroviáriosCrédito: Divulgação/Brasil Export
Região Nordeste
Gusmão defende bons projetos no setor para o Governo investir. “Dinheiro tem”
Secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos participou da cerimônia de abertura do Nordeste Export
O secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos, Roberto Gusmão, defendeu o investimento em bons projetos voltados para os segmentos portuário, de logística e infraestrutura. Ele discursou ontem, dia 19, na cerimônia de abertura do Nordeste Export – Fórum Regional de Logística, Infraestrutura e Transportes, em João Pessoa, na Paraíba. “Dinheiro tem. O que não tem é projeto”.
Gusmão afirmou que o Governo Federal, através do Ministério, defende a criação de uma carteira robusta de projetos nas companhias e nos portos delegados. “Dinheiro tem. O que não tem é projeto. Precisamos investir em bons projetos, fazer uma carteira de bons projetos. O ministro Márcio (França, de Portos e Aeroportos), juntamente com o presidente Lula, tirou a trava que existia de investir dinheiro público nas companhias e portos delegados. Fizemos uma rodada do que os portos precisam para tornar-se ainda mais competitivos, do Sul ao Norte do país”, analisou.
Outro ponto levantado pelo secretário foi sobre questões que envolvem o setor hidroviário. Gusmão defendeu o incentivo à política para estudos hidroviários. “Para que a gente possa desenvolver um setor que no Brasil de hoje tem R$ 1 bilhão em projetos, que é o setor hidroviário — e o setor rodoviário tem R$ 32 bilhões —, precisamos mudar essa visão do país. Não somente na parte de ferrovias, mas investir de forma firme em projetos hidroviários. Tem rios no Brasil que a gente nunca estudou”, comentou.
Ainda durante sua fala, o representante do Governo Federal disse que os atores que envolvem o setor precisam “sair da caixinha” para reduzir o máximo de burocracias, “a partir do momento em que a gente tem travas no Brasil, como a gente continua tendo, que dificultam enormemente o desenvolvimento. Principalmente na região mais pobre, que é parte do Nordeste e Norte do país”.
“Se a gente não sair da caixinha, a gente não faz nada”, disse Gusmão. “Para sair dela, a gente primeiro tem que cuidar para diminuir essa burocracia, que tem não só no Governo Federal mas nos órgãos públicos. Burocracia que faz com que o reequilíbrio econômico dure dois anos e meio, uma autorização para (funcionamento de) uma TUP dure dois anos, um empreendimento privado, e tantas outras iniciativas que a gente possa melhorar. Para isso, a gente tem de sair da caixa”, completou.