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O potencial do GNL foi um dos assuntos debatidos no painel “Transição energética, energias renováveis e caminhos para um futuro sustentável” do Nordeste ExportCrédito: Divulgação/Brasil Export

Região Nordeste

Brasil deve investir mais em gás natural, diz executivo

Atualizado em: 28 de junho de 2023 às 10:33
Cássio Lyra Enviar e-mail para o Autor

Para João Guilherme Mattos, da OnCorp, discussões sobre o GNL no país estariam à frente até da pauta sobre o hidrogênio verde

No painel do Nordeste Export que tratou de temas voltados para a transição energética e energias renováveis, um dos pontos levantados foi sobre o gás natural liquefeito (GNL). Apesar de as atenções estarem mais voltadas neste momento para o hidrogênio verde, o GNL também é visto pelos especialistas no setor como muito importante e com grande potencial.

Representando a iniciativa privada no painel, João Guilherme Mattos, diretor-executivo da empresa OnCorp, argumentou que a discussão sobre o gás natural no Brasil deveria ocorrer antes do hidrogênio verde.

“Se a gente começa interiorizar o gás, você tem uma capacidade, primeiro, de sustentabilidade, ou seja, virar uma chave importante. Se você faz com que chegue o gás natural a determinadas regiões, você promove uma transição importante. A liberação de CO2 com gás natural é significativamente menor, além de trazer uma parte ambiental que é de evitar que exista a queima de combustível”, analisou.

Segundo explicou o executivo da OnCorp, a região Nordeste está implementando ou construindo importantes terminais de GNL, entre eles um que está em andamento no Complexo de Suape, em Pernambuco.

“Demos início à construção neste mês de junho para que (o terminal) esteja operacional em 2024 em parceria com a Shell. Serão 11 milhões de metros cúbicos por dia. O potencial dele é imenso. Suape tem condições de fazer um hub de interiorização de gás, porque você pode atingir um raio de 600 km. Suape tem uma posição geográfica extremamente estratégica. Então, a capacidade que o porto tem através de um terminal de GNL de atingir outros negócios é imensa”, destacou.

Mattos encerrou sua fala sobre quais expectativas o mercado tem sobre o gás após a troca de gestão no Governo Federal.

“O governo anterior acertou na criação da nova lei do gás. Hoje temos um ambiente mais competitivo e seguro para que o empreendedor invista em terminais, poços offshore e consiga fazer uma distribuição e comercialização da molécula. Hoje tem um mercado que está muito preocupado com regulação e ela (lei) conseguiu trazer um pouco de conforto. Claro que temos que ver a sinalização do governo atual em relação a como esse mercado de gás vai ficar”, concluiu.

O painel “Transição energética, energias renováveis e caminhos para um futuro sustentável” também teve a participação Carlos Cavalcanti, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Complexo de Suape; André Magalhães, diretor comercial do Complexo do Pecém (CE); e Jaime Calado, secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte. A mediação foi feita pelo jornalista Leopoldo Figueiredo, diretor de Redação do BE News.

 

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