O complexo sucroalcooleiro, que compreende, principalmente, açúcar bruto, refinado e álcool etílico, vendeu US$ 2,61 bilhões para fora do país no períodoCrédito: Divulgação/Governo do Estado de SP
Região Sudeste
Exportações do agro em SP crescem mais de 7% nos primeiros cinco meses
Balança comercial do setor no Estado teve superávit de quase US$ 8 bilhões no período
As exportações do agronegócio do estado de São Paulo tiveram um aumento de 7,1% nos primeiros cinco meses de 2023, alcançando US$ 10,5 bilhões, mais do que os 6,3% das importações, que totalizaram US$ 2,18 bilhões. Com esse resultado, a participação do setor nas vendas ao exterior no total do Estado representou 37,4%, enquanto a das importações setoriais, 7,2%.
A balança comercial do agronegócio paulista, de janeiro a maio deste ano, apresentou saldo positivo, com superávit de US$ 7,97 bilhões. A cifra é 7,3% superior ao mesmo período de 2022. Os dados são do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, divulgados nesta semana.
Considerando todos os setores da economia paulista, as exportações do estado de São Paulo já somam US$ 27,13 bilhões (19,9% do total nacional), e as importações, US$ 30,25 bilhões (29,9% do total do país).
Em relação ao mesmo período de 2022, esses resultados representam um aumento de 3,6% nas exportações e redução de 2,5% nas importações.
Cenário nacional
A participação do agronegócio paulista na balança comercial brasileira cresceu nos cinco primeiros meses de 2023. O resultado paulista representa 15,1% do total exportado pelo país no período de janeiro a maio, uma alta de 0,2 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.
Cinco agregados correspondem a quase 80% das exportações no setor. A maior participação é do complexo sucroalcooleiro, que compreende, principalmente, açúcar bruto, refinado e álcool etílico, e vendeu US$ 2,61 bilhões para fora do país no período.
O segundo maior destaque é do complexo soja, que corresponde a grãos, farelo e óleo, que exportou US$ 2,14 bilhões, seguido pelas carnes (principalmente bovina, de frango e suína in natura ou industrializadas), com venda de US$ 1,21 bilhão; produtos florestais (celulose, papel, madeira e borracha), com US$ 1,12 bilhão; e sucos (principalmente de laranja), com US$ 835 milhões.
Segundo o Governo do Estado, além da balança comercial, o setor do agronegócio tem acumulado outros destaques positivos, como um saldo de 3,8 mil vagas de emprego geradas em abril. Entre os fatores que ajudam a explicar essa melhora, está a perspectiva de aumento da produção da safra 22/23 em relação ao período anterior, puxada pelas fortes chuvas no início do ano e pelo investimento nas tecnologias agrícolas, que ajudam a aumentar a produtividade das lavouras.