domingo, 24 de novembro de 2024
Dolar Com.
Euro Com.
Libra Com.
Yuan Com.

Os participantes do painel “Acessos terrestres aos portos da região Sul” falaram sobre o processo de renovação do contrato de concessão da Malha Sul e outros temasCrédito: Divulgação/Sul Export

Região Sul

Projetos de ferrovias para o Sul podem mudar cadeia logística de acessos aos portos

Atualizado em: 12 de julho de 2023 às 8:58
Cássio Lyra Enviar e-mail para o Autor

Temas relacionados à Malha Sul foram debatidos em painel no Sul Export

Os projetos ligados à malha ferroviária previstos para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul devem ampliar o crescimento dos portos da região Sul, bem como alterar a cadeia logística referentes aos acessos terrestres, tanto na chegada como na saída de cargas. O assunto foi debatido em um dos painéis técnicos do Sul Export – Fórum Regional de Logística, Infraestrutura e Transportes, realizado em Curitiba (PR).

Um dos principais pontos envolvendo o transporte ferroviário foi sobre a Malha Sul, cujo contrato está em processo de renovação junto à Rumo Logística. A atual concessão segue até 2027, mas os atores responsáveis trabalham para a prorrogação do vínculo.

Segundo Mayhara Chaves, gerente de Regulação da Rumo Logística e também presidente do conselho feminino do Brasil Export, a previsão de assinatura do contrato é para o ano que vem.

“Vai depender do que vamos ter nas conversas internas. Ainda não está definido o passo a passo. Existem algumas decisões com investidores que precisam ser tomadas dentro da Rumo. Dentro desse ambiente privado, precisamos fechar o ano para saber o volume de investimentos que vai ser planejado para o ano que vem. Então, talvez, pode ser que esse processo se estenda até o próximo ano”, disse.

De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a expectativa da assinatura do contrato é possível para 2024, desde que haja um trabalho em consenso entre os atores responsáveis.

“A gente sabe que é muito complexo essa discussão com a concessionária, até pelo histórico, de que temos que ter algumas trocas, conversas para refinar ainda mais o projeto. Tivemos oito rodadas de diligências, cada uma com dezenas de pontos do TCU (Tribunal de Contas da União). Tudo isso envolve uma triangulação de tribunal, agência reguladora e a operadora para poder chegar nessa assinatura”, analisou Marcelo Fonseca, superintendente de Concessão de Infraestrutura da ANTT.

Mayhara Chaves enfatizou o trabalho de conjunto entre a empresa junto ao TCU. Segundo ela, durante a modelagem do processo foram identificados pontos que acabaram por ser desativados pela não viabilidade do formato do projeto. “A gente focaliza esses investimentos para a ampliação e o desenvolvimento dentro da Malha Sul. A expectativa é muito grande de que traga bons frutos para nossa ferrovia, como investimentos, além  do crescimento do desenvolvimento e da movimentação de cargas aqui no Sul”, comentou.

Mudança da cadeia logística

Representantes dos estados do Paraná e Santa Catarina destacaram a importância do crescimento da malha ferroviária para o desenvolvimento dos portos de ambas as regiões.

O secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias do Governo de Santa Catarina, Beto Martins, destacou que a renovação da Malha Sul para os projetos ferroviários é fundamental para o Estado.

“Santa Catarina não vai poder tocar projeto nenhum se não tiver conectividade. Estamos tomando cuidado nas questões técnicas para que seja algo compatível. Santa Catarina contribui para o Brasil todo; somos corredores de carga para o Brasil. Pagamos um preço alto com rodovias congestionadas e problemas de gargalos justamente porque não demos o devido valor aos demais modais”, analisou.

O secretário de Estado de Infraestrutura do Paraná, Sandro Alex Cruz de Oliveira, acredita que possa haver uma convergência entre a Malha Sul com a Ferroeste, que liga a região Sul com o escoamento de grãos de Mato Grosso do Sul, em prol do Porto de Paranaguá e dos demais complexos portuários do Sul brasileiro.

“Unir os projetos com um objetivo só: chegar ao Porto de Paranaguá com uma grande movimentação. Queremos mudar a realidade logística do porto, que hoje é majoritariamente rodoviária. Temos dois operadores, concessão da Ferroeste, renovação da Rumo. Então, é possível o diálogo e o entendimento de que temos que avançar. Quem ganha com isso são o Paraná e o Brasil”, declarou.

O painel “Acessos terrestres aos portos da região Sul” teve como mediador o jornalista Leopoldo Figueiredo, diretor de Redação do BE News.

 

 

A edição 2024 do Sul Export – Fórum Regional de Logística, Infraestrutura e Transportes será realizada em Santa Catarina, na cidade de Balneário Camboriú. O anúncio foi feito pelo secretário estadual de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Beto Martins, e, em seguida, reforçado pelo prefeito do município, Fabrício Oliveira (PL).

 

Compartilhe:
TAGS acessos aos portos cadeia logística Paraná Projetos de ferrovias Santa Catarina Sul Export