A solenidade de formalização do convênio foi realizada na cidade de Sorriso (MT), e contou com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos FávaroCrédito: Divulgação
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ApexBrasil estabelece convênio com Unem para exportação de farelo de milho
Objetivo da parceria é apresentar o farelo de milho brasileiro como uma opção eficiente na alimentação animal global
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) fecharam parceria para promover no mercado internacional o farelo de milho (DDG/DDGS). O produto de nutrição animal resulta da produção de etanol de milho cultivado na segunda safra.
A solenidade foi realizada na última segunda-feira (10), em Sorriso (MT), e contou com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco. O convênio será válido até 2025.
O Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho DDG/DDGS faz parte da estratégia do Brasil de promover o etanol como alternativa energética, além de agregar valor às exportações do agronegócio e aumentar a oferta de farelo de milho para produção de proteína animal.
De acordo com o presidente da agência, Jorge Viana, o objetivo da parceria é apresentar o farelo de milho brasileiro como uma opção eficiente na alimentação animal global, fortalecendo a cadeia produtiva do etanol.
“O DDG/DDGS é essencial para a conversão de milho em proteína animal. A parceria com a Unem faz parte desse movimento de aproximação da Agência com os setores relevantes para a transição energética global”, destacou Viana.
Para Guilherme Nolasco, presidente-executivo da Unem, a iniciativa consolida o reconhecimento da importância do setor por parte do Governo Federal.
“Esta parceria é muito emblemática para um setor novo, que se organiza para uma agenda de promoção, fomento e comércio internacional que vai gerar valor a toda uma cadeia de negócios, desde a produção do grão, proteínas e floresta plantada até a geração de renda e arrecadação de impostos”, celebrou.
DDG/DDGS
A Unem explica que a produção de milho está inserida dentro da economia circular, que consiste no alto aproveitamento do produto.
Um dos produtos resultado da produção do etanol de milho é o Farelo de Milho, tecnicamente chamado de DDG/DDGs, (distiller’s dried grains/grãos secos por destilação) ou DDGS – (distiller’s dried grains with solubles/grãos secos por destilação com solúveis) utilizado na nutrição animal.
Além de fonte de proteína nobre e energia, o DDG/DDGS oferece maior teor de fibras e é mais seguro contra contaminação de bactérias quando comparado a opções como a farinha de carne e ossos. A pecuária, avicultura e suinocultura se beneficiam diretamente do insumo na ração.
No Brasil, a utilização deste farelo na indústria é relativamente recente, começou a partir de 2010. Os bons resultados fizeram com que o produto fosse cada vez mais inserido na pecuária, fortalecendo a cadeia produtiva.
Atualmente, o país possui 20 indústrias de etanol de milho em operação e outras 9 usinas com autorização para construção. Todas com potencial para produção de DDG/DDGS.
A crescente disponibilidade desse produto leva à redução de preço, tornando-o uma alternativa mais atrativa em relação a outras fontes proteicas.
Safra
Para a atual safra, a estimativa de produção brasileira é de 3 mi/ton de DDG/DDGS, e as projeções indicam que até 2031/2032 a produção brasileira de DDG/DDGS chegará a aproximadamente 6,5 milhões de toneladas.
Esse excedente tem potencial de atender mercados internacionais, que buscam constantemente por ingredientes alternativos na alimentação animal, que representa hoje cerca de 80% dos custos de produção das carnes.
Neste cenário, a exportação do farelo de milho brasileiro representa uma oportunidade para gerar mais receitas, desenvolvimento de tecnologia e atração de capital externo.
Os mercados-alvo para a parceria foram: China, Espanha, Indonésia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, Tailândia, Turquia e Vietnã.