O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, falou sobre a Rota Oceânica durante uma palestra sobre os impactos da megaestrada realizada em Campo GrandeCrédito: Saul Schramm/Governo do MS
Região Centro-Oeste
Rota Bioceânica estará pronta em dois anos, diz governador de MS
Eduardo Riedel garantiu prazo durante palestra sobre os impactos do novo corredor rodoviário
A Rota Bioceânica será entregue em dois anos. Quem garantiu o prazo foi o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSD), durante uma palestra sobre os impactos da megaestrada realizada na última semana, em Campo Grande, capital do Estado.
A nova rodovia vai passar pelo Brasil, Paraguai, Argentina e Chile e promete trazer benefícios para economia, como a redução dos custos logísticos, investimentos em infraestrutura, fomento e expansão do turismo e acesso a novos mercados comerciais.
“Um conceito sonhado e discutido por muito tempo e que vai se concretizar nos próximos dois anos”, disse Riedel.
O governador destacou que a porta de entrada do Brasil será pelo município de Porto Murtinho (MS), onde está sendo construída a ponte sobre o Rio Paraguai, na divisa com a cidade de Carmelo Peralta, no Paraguai. De lá, o corredor segue pelo norte do Paraguai, entra na Argentina e chega nos portos chilenos, encurtando o caminho ao Oceano Pacífico.
“No Norte do Paraguai são quase 500 km não pavimentados, que agora estão recebendo as obras do Governo do Paraguai, com expectativa de estar tudo pavimentado em 2024. O presidente fez um grande empréstimo junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para viabilizar este corredor”, detalhou Riedel.
Essencial para a concretização da rota, a obra da ponte sobre o Rio Paraguai é a entrada do Brasil na Bioceânica e, de acordo com o governador, está com 24,68% dos trabalhos efetuados, com previsão de estar pronta no 1° semestre de 2025.
O equipamento terá 1.294 metros, está sendo construído pela Itaipu Paraguai, com um investimento de U$$ 85 milhões.
Para o governador, a expectativa com a nova rota tem refletido na economia de Porto Murtinho, que já está recebendo capital privado em investimentos na rede hoteleira e em estruturas para receber caminhoneiros e oficinas. “Vai ter este potencial turístico e de cargas”, ressaltou Riedel.
O governador também citou a redução de custos e o aumento da competitividade para Mato Grosso do Sul com a conclusão do corredor rodoviário, que permitirá que as cargas nacionais embarquem pelos portos chilenos e cheguem à China em 12 dias a menos de navegação, se comparado com os embarques feitos pelo Porto de Santos (SP).