Segundo a companhia, a operação atenderá os exportadores de algodão, minério, açúcar, farelo de soja e grãos em contêineres, além de proteínas bovinasCrédito: Divulgação/Brado
Região Centro-Oeste
Brado vai iniciar operação de contêineres via Ferrovia Norte-Sul
Movimentação deve começar ainda neste ano, transportando cargas de exportação e importação
A empresa Brado deve iniciar ainda neste ano as operações com contêineres pela Ferrovia Norte-Sul (FNS), operando no trecho que conecta Goiás ao Porto de Santos (SP), a partir do Porto Seco Centro-Oeste, em Anápolis (GO).
Segundo a companhia, a operação atenderá os exportadores de algodão, minério, açúcar, farelo de soja e grãos em contêineres, além de proteínas bovinas por meio das operações com contêiner reefer (refrigerado). Atualmente, estes mercados já movimentam cerca de 45 mil contêineres ao ano e mais de 65% têm como destino o complexo portuário santista.
Em relação à importação, com trajeto Santos-Goiás, a nova rota permitirá captar os insumos que abastecem as indústrias e o agronegócio da região Centro-Oeste, além de bens de consumo que são distribuídos entre Goiás, Distrito Federal e sul do Tocantins. É esperada a movimentação de fertilizantes, peças de máquinas, equipamentos e plásticos – mercados que movimentam 16,5 mil contêineres ao ano.
Para Daniel Salcedo, diretor comercial da Brado Logística, o modal trará vantagens principalmente ao fluxo de retorno, já que, segundo ele, os caminhões que hoje fazem o trajeto chegam ao Porto de Santos carregados, mas retornam ao Interior, muitas vezes, ociosos. “As operações de importação vão movimentar o chamado fluxo de retorno, com destino ao interior do País, com os trens circulando praticamente cheios nos dois sentidos”, explica Salcedo.
Liberação
Para começar a operar, a empresa precisa esperar que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) libere o tráfego operacional na Ferrovia Norte-Sul.
A ANTT explicou em nota que, após avaliação inicial na ferrovia, solicitou ajustes técnicos à Rumo (concessionária do ativo). Por isso, ainda não há previsão de testes até que os ajustes técnicos sejam concluídos.