Região Sudeste
Dragagem de manutenção é retomada em São Sebastião
O serviço estava paralisado há mais de quatro meses devido a um vazamento de água ocorrido na lateral do dique terrestre que recebe os sedimentos dragados
A dragagem de manutenção no Porto de São Sebastião (SP) foi retomada neste mês, no último dia 1º, informou a Companhia Docas de São Sebastião (CDSS), autoridade portuária que administra o complexo e está subordinada ao Governo do Estado. O serviço estava paralisado há mais de quatro meses, desde o último dia 27 de janeiro, devido a um vazamento de água ocorrido na lateral do dique terrestre que recebe os sedimentos dragados.
Para recomeçar a dragagem, a CDSS aguardava o parecer técnico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em relação às obras de adequação e impermeabilização do dique. O projeto foi autorizado recentemente pelo órgão ambiental e a estatal pôde iniciar os reparos no local do vazamento e retomar o serviço de aprofundamento marítimo.
Agora, o objetivo é restabelecer as profundidades de 10 metros no berço externo do complexo portuário e de 7 metros no berço interno, ambos assoreados. As novas medidas permitem que navios maiores ou mais carregados operem com maior segurança nas atracações e desatracações.
A empresa responsável pela execução da dragagem é a DTA Engenharia Portuária & Ambiental, com custo de R$ 3,1 milhões. A previsão é que a remoção de sedimentos do leito marinho seja concluída em agosto, num prazo de 60 dias após o início da atividade.
Já as obras para reparar o vazamento no dique terrestre são de responsabilidade da CDSS e começaram no último dia 3 de maio, com investimento de R$ 200 mil. A expectativa é que o serviço seja concluído ainda no início do segundo semestre deste ano.
Este local destinado a receber os sedimentos dragados foi construído em uma área de aproximadamente 75.000 m², chamada de Pátio 4, adjacente ao Porto de São Sebastião. O interior desse terreno possui espigões que direcionam os fluxos da mistura lançada à caixa de sedimentação.
Equipamentos
De acordo com as características do Porto de São Sebastião, foram escolhidas duas dragas para realizar o trabalho: uma draga Hopper de pequeno porte, sem abertura de comporta, para sucção e recalque, e outra draga de sucção e recalque acoplado.
Entre os motivos que levaram à escolha destes equipamentos estão a extrema precisão geométrica de corte e o baixo impacto ambiental relacionado à geração de material dragado, uma vez que não há lançamento de sedimentos no canal marítimo de São Sebastião e não haverá procedimentos de overflow e overboarding (despejos de água da cisterna da draga).