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O presidente em exercício da Frenlogi, deputado Diego Andrade, falou sobre a necessidade do Plano Nacional de Armazenagem durante seminário realizado na Câmara dos DeputadosCrédito: Reprodução/Instagram/Frenlogi

Nacional

Frenlogi debate urgência na criação de um Plano Nacional de Armazenagem

Atualizado em: 28 de agosto de 2023 às 9:27
Marília Sena Enviar e-mail para o Autor

Segundo a frente, país tem capacidade para armazenar 188 milhões de toneladas, bem menos do que a previsão da safra 2022/23

A Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi) realizou na última semana um seminário na Câmara dos Deputados para debater a urgência na criação de um Plano Nacional de Armazenagem. De acordo com o colegiado, a estimativa é que a safra de 2022/23 chegue a 310 milhões de toneladas, mas a capacidade de armazenagem brasileira é de 188 milhões de toneladas.

Os números comprometem a produção agrícola do país. O presidente em exercício da Frenlogi, deputado Diego Andrade (PSD/MG), destacou durante o seminário a necessidade da criação do plano. “Uma espécie de Pró-Infra, com incentivos e subsídios diretos ao setor (…) É de extrema importância fornecer total apoio aos produtores, desde os pequenos até os grandes, para que possamos diminuir as taxas de perda e ampliar a capacidade de armazenamento”, disse.

O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), vice-presidente da Câmara Temática de Armazenagem da Frenlogi, destacou a importância de reunir os representantes do setor no parlamento para debater o tema.

“Precisamos unir esforços com o objetivo de implementar ações concretas e, por meio desse diálogo, vamos desenvolver soluções diversas para todo o setor, incluindo a agricultura familiar e os produtores de todos os portes”,enfatizou.

O dado mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a capacidade de armazenagem agrícola expandiu em 1,8%, atingindo a marca de 192,2 milhões de toneladas no segundo semestre do ano passado.

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) já estuda simuladores de armazenagem para aumentar a viabilidade de investimentos. O projeto faz parte do “Armazenagem para Todos”. O diretor executivo da Aprosoja, Wellington de Andrade, explicou a novidade.

“Nesse simulador, o produtor insere seus dados e é capaz de visualizar a viabilidade de investimentos, bem como o tempo necessário para retorno em negócios de armazenagem. Nós conseguimos demonstrar a viabilidade do armazém desde que o seu tamanho seja proporcional à sua produção”, disse.

O evento foi realizado pela Frenlogi em conjunto com a Aprosoja e o Instituto Brasil Logística (IBL). O presidente do IBL, Ricardo Molitzas, afirmou estar comprometido em vencer os desafios do setor. “Nossa prioridade é contribuir para o fortalecimento da infraestrutura logística do país, garantindo o adequado acondicionamento dos produtos e impulsionando a competitividade nacional”, disse.

O seminário foi dividido em 4 painéis que debateram a capacidade de armazenamento agrícola no Brasil, estratégias para lidar com a logística e os impactos cruciais para a economia do país através do setor.

As formas de financiamento também foram pauta do encontro. O diretor de Agronegócio do Banco Itaú, Pedro Fernandes, ressaltou que o pequeno empresário do ramo precisa de mais suporte. “O subsídio tem que ser dado para quem precisa de mais suporte, que é o pequeno, mas ainda assim, a gente tem que olhar a melhoria da capacidade de armazenagem do país como um todo e sem preconceito, Se é uma estrutura grande ou pequena, ou quem é o dono”, disse.

Já o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Araújo, enfatizou a importância de expandir o financiamento para os pequenos agricultores. “Temos que estabelecer limites para pulverizar mais os beneficiados, focando sempre no produtor rural para armazenagem em sua propriedade”.

Para ele, o papel do Ministério é negociar e viabilizar recursos junto ao Tesouro Nacional. “Trabalhamos e estamos desempenhando junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco do Brasil e demais bancos para viabilizar empréstimos aos proprietários rurais”, completou.

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