A diretoria da Autoridade Portuária de Santos se reuniu na quarta-feira com membros de entidades que representam os caminhoneiros autônomos na sede da empresa públicaCrédito: Divulgação/APS
Região Sudeste
Após paralisação de caminhoneiros, APS garante conclusão de obras
Diretoria da Autoridade Portuária esteve reunida com entidades que representam os profissionais avulsos
Em reunião realizada na noite de quarta-feira (30), a Autoridade Portuária de Santos (APS) informou que as obras de recuperação dos acessos rodoviários ao bairro Alemoa, local para entrada e saída do Porto de Santos (SP), serão concluídas em 5 de setembro, com a entrada em operação de duas mãos de direção ao mesmo tempo. A diretoria se reuniu com caminhoneiros avulsos do Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira) e da CooperSantos, que paralisaram as suas atividades durante a quarta-feira.
Entre as reivindicações da categoria estão a permanência dos terminais da Brasil Terminal Portuário (BTP) e da Ecoporto, com as renovações de concessão por parte do Governo Federal e da APS; licitação do STS 10 para movimentação de contêineres; finalização das obras da Avenida Engenheiro Augusto Barata, que dá acesso à entrada e saída de caminhões no Porto de Santos.
Durante o encontro, realizado na sede da companhia pública, o diretor-presidente Anderson Pomini informou aos caminhoneiros que deu parecer favorável à renovação das operações da BTP e prorrogou as atividades do terminal da Ecoporto, ambos localizados na margem direita do cais santista, dedicados à movimentação de contêineres.
“O presidente defendeu um formato do STS 10 que permita a permanência dos dois terminais de contêineres, incluindo ainda o Terminal de Passageiros (Concais), atendendo assim a reivindicação da categoria dos avulsos, que fez manifestação na parte da manhã pedindo o aumento de oferta da carga com a qual trabalham”, informou a APS em nota.
Os caminhoneiros também estão temerosos com os rumores sobre a possível mudança no comando do Ministério de Portos e Aeroportos e queriam garantias de que as empresas BTP e Ecoporto não deixariam o complexo.
Pomini disse aos profissionais que a decisão final cabe ao Tribunal de Contas da União (TCU), onde está o processo. “O TCU é um órgão independente e acredito que esta decisão está próxima”, disse.
STS 10
A diretoria da APS também divulgou que convocará reunião interna nos próximos dias para definir o formato do STS 10, de modo a contemplar todas as atividades dos terminais, prevendo, inclusive, expansão das áreas para contêineres na licitação a ser realizada.
Antes da reunião na sede da Autoridade Portuária, a categoria esteve na Prefeitura de Santos, onde se reuniu com o prefeito Rogério Santos (PSDB), que se comprometeu a levar a demanda dos caminhoneiros avulsos aos governos federal e estadual.
Ao BE News, o presidente do Sindicam-Santos, Luciano Santos de Carvalho, disse que a categoria teve reuniões proveitosas com a Prefeitura e a Autoridade Portuária, nas quais as reivindicações foram ouvidas. Ele revelou, ainda, que terá um encontro com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ainda nesta semana.
Manifestação
Os caminhoneiros fizeram uma manifestação nesta quarta-feira, após terem anunciado a paralisação das atividades na região portuária da cidade. Segundo a categoria, o protesto foi motivado por problemas de logística e congestionamento de tráfego no local.
Todo o ato, que ocorreu de forma pacífica, foi acompanhado por equipes da Guarda Portuária, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), da Polícia Militar e da concessionária Ecovias.
A APS informou que a manifestação dos caminhoneiros não causou interdição das vias que dão acesso ao Porto de Santos e, por essa razão, a maioria das operações de embarque e desembarque de cargas nos navios não foi prejudicada.
Entretanto, segundo a empresa pública, os serviços de desembarque direto de fertilizantes, que dependem da atuação dos caminhoneiros autônomos, estiveram paralisados.
Por meio de nota, a Prefeitura de Santos informou que todos os trechos reivindicados pelos caminhoneiros são ou de área federal ou do Governo do Estado, que são responsáveis por futuras obras e demais melhorias rodoviárias.